Rússia pede a Kiev permissão para enviar ajuda ao leste da Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 28/05/2014 09h55
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Moscou, 28 mai (EFE).- A Rússia expressou nesta quarta-feira sua disposição de enviar ajuda humanitária ao leste da Ucrânia, que vive intensos combates entre separatistas e o exército da Ucrânia, e pediu autorização para as autoridades de Kiev para fornecer assistência.

A chancelaria russa informou que enviou um comunicado a Kiev indicando que a “Rússia segue recebendo solicitações insistentes dos cidadãos e organizações na zona do conflito, que pedem socorro humanitário urgente”.

“A parte russa está disposta a fornecer ajuda para a população dessas regiões e propõe à Ucrânia tomar as medidas necessárias, o mais breve possível, para garantir o envio urgente da ajuda humanitária russa”, afirmou uma nota divulgada pela chancelaria.

O texto acrescentou que “as rotas e as condições do fornecimento da ajuda poderiam ser estabelecidas pelas respectivas instituições de ambos os países”.

“Em função do caráter urgente da situação, a parte russa espera receber uma rápida resposta da Ucrânia”, finalizou a nota.

Os combates entre o exército e os rebeldes russófonos recomeçaram hoje na cidade de Donetsk, bastião da sublevação separatista do leste da Ucrânia.

Vários hospitais e colégios permanecem fechados nos distritos centrais da cidade devido à “operação antiterrorista” lançada pelo governo de Kiev contra as milícias pró-Rússia.

Enquanto isso, quatro membros da equipe de observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) seguem desaparecidos.

Segundo várias testemunhas, os necrotérios da cidade já não podem receber mais corpos, em sua maioria insurgentes russófonos, como se pode verificar nas fotos publicadas nas redes sociais.

O prefeito de Donetsk, Alexander Lukianchenko, disse ontem que 40 pessoas morreram nos últimos combates na cidade, entre eles pelo menos quatro civis.

Os rebeldes pró-Rússia, no entanto, denunciaram que pelo menos cem pessoas (alguns insurgentes falam em 200 vítimas) morreram nos enfrentamentos armados de segunda-feira. EFE

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