Sabesp lança operação para instalar tubulações em área informal e reduzir perda

  • Por Agência Estado
  • 22/02/2016 13h00
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divulgação Sabesp não poderá cortar água em favelas durante pandemia de coronavírus

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) pretende instalar redes de água para 120 mil imóveis construídos em áreas informais da Grande São Paulo, sendo 70 mil na capital. Segundo a empresa, quase 400 mil pessoas serão beneficiadas com o plano – a iniciativa será implantada ao longo deste ano e de 2017.

Em nota, a Sabesp afirma que os imóveis que serão alvo da ação fazem “gatos” para se abastecer. A companhia ressalta que a operação visa garantir abastecimento de qualidade e diminuir as perdas com vazamentos, uma vez que as mangueiras puxadas para levar água a esses imóveis costumam sofrer com furos.

A estimativa da Sabesp é que deixem de ser perdidos até 2,5 bilhões de litros de água por mês com as novas ligações – desse volume, 1,25 bilhão de litros deixarão de vazar pelas ligações clandestinas, enquanto 1,3 bilhão de litros serão recuperados em perdas aparentes, já que hoje a água consumida nesses imóveis não é faturada.

A companhia ainda informa que os clientes residenciais que forem conectados à rede serão incluídos na chamada tarifa social, que hoje é de R$ 7 para residências que consumam até 10 metros cúbicos mensais, ou 33% da tarifa normal – o consumo médio dos imóveis é de 10,9 metros cúbicos mensais.

A execução do plano se dará através de uma licitação, em que a empresa vencedora assinará um contrato de performance. Segundo a Sabesp, a contratada irá instalar as redes, ligações, caixas de medição e hidrômetro nas regiões atendidas, sendo remunerada apenas quando os moradores de fato se conectarem. “Quanto maior o número de domicílios ligados, mais alto é o volume de água recuperado e, portanto, o pagamento pelo serviço prestado”, diz a companhia, em nota.

A Sabesp ainda ressalta que, nos últimos quatro anos, 80 mil domicílios foram conectados à rede. Para que o objetivo de ligar mais 120 mil imóveis nos próximos anos seja concretizado, a empresa afirma que irá trabalhar em conjunto com as prefeituras da Grande São Paulo, de modo a obter as autorizações necessárias para a regularização dos imóveis em situação informal.

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