Santos afirma que indícios apontam que atentados em Bogotá foram obra do ELN

  • Por Agencia EFE
  • 03/07/2015 16h04

Bogotá, 3 jul (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Carlos, afirmou nesta sexta-feira que os primeiros indícios dos dois atentados de quinta-feira contra escritórios do fundo de pensões Porvir em Bogotá, que deixaram pelo menos oito feridos, foram obra do Exército de Libertação Nacional (ELN).

“O que temos como informação aponta que o responsável é o ELN”, disse Santos em uma declaração realizada na Casa de Nariño, sede do Executivo, ao término de um conselho de segurança extraordinário, lembrando que essa guerrilha cometeu nos últimos meses ataques similares na capital.

Neste sentido, o presidente lembrou que entre junho e julho do ano passado foram registradas dezena de ataques do ELN em Bogotá durante a comemoração do 50º aniversário desde a fundação desse grupo armado, uma efeméride que se repete de novo neste sábado.

Além disso, Santos ressaltou que no último ano foram registrados sete atentados similares em Bogotá, “dos quais seis foram atribuídos ao ELN”.

O líder declarou que este tipo de atentado “é um fato que busca gerar medo e terror e é visto como terrorismo”.

“Não sei o que estão buscando estes terroristas pondo estes artefatos, o que quero dizer é que não vão movimentar a vontade do governo um só segundo ou a vontade do presidente para conseguir a paz”, acrescentou.

Por sua vez, o procurador-geral, Eduardo Montealegre, explicou que as câmeras de segurança “são elementos de prova que servem na investigação penal” que poderão ser utilizados neste caso.

Por isso pediu aos cidadãos que, se tiverem vídeos que possam fornecer dados à investigação, os entreguem às autoridades competentes, ressaltando que “existe uma proibição legal de entregar este material a pessoas distintas às autoridades”.

“Se a Promotoria constatar que este material foi entregue a pessoas distintas às autoridades judiciais para dificultar a investigação, a Promotoria iniciará investigações penais por obstrução à justiça”, disse. EFE

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