Sindicato patronal julga responsável aumento de 30% no mínimo na Venezuela
Caracas, 30 abr (EFE).- A Fedecâmaras, a principal associação empresarial da Venezuela, afirmou nesta quarta-feira que o aumento de 30% no salário mínimo é “moderado e responsável” anunciado ontem pelo presidente, Nicolás Maduro.
“Fez-se um aumento moderado, em meu julgamento responsável, pelo Executivo Nacional, eles fizeram as contas do que podem pagar e do que não podem”, disse a jornalistas o presidente de Fedecâmaras Jorge Roig.
Maduro anunciou um reajuste de 30% do salário mínimo e pensões para levar o renda “a níveis necessários”, o que eleva a remuneração básica a 4.251,78 bolívares (US$ 674,88), o que, junto dos 10% já aprovados em janeiro representa uma alta de 43% no ano, depois de o país enfrentar uma inflação de 56,2% em 2013.
A renda básica mensal passará de 3.270 bolívares (US$ 519 no câmbio oficial de 6,3 pesos, valor que no câmbio também oficial de 49 de Sicad II ficaria em US$ 66,7) a 4.251,78, que somado a outros benefícios alcançaria os 5.602,78 bolívares (US$ 889,3 a 6,3 ou US$ 114,3 em troca Sicad II).
Roig contou que este ano foi consultado com “suficiente antecipação” e enviaram sua comunicação ao Ministério do Trabalho, rebatizado ontem como Ministério de Proteção do Processo Social do Trabalho pelo presidente.
O líder de Fedecâmaras indicou que no setor privado o aumento do salário mínimo praticamente “provoca um realinhamento geral de salários”, e por isso esperavam que fosse “moderado”.
“Está se tratando uma bronquite como uma tosse, porque certamente para os trabalhadores empregados o aumento de 30% parece pouco, mas acho que é absolutamente responsável”, insistiu.
A via para aumentar os salários não é o decreto, ressaltou Roig, mas “uma comissão tripartite” entre governo, sindicatos e empresários que se encarregue de revisar este tipo de atualização.
O Banco Central revelou na semana passada que a inflação em março foi de 4,1%, e no primeiro trimestre 10,1%, acima dos 7,9% do primeiro trimestre de 2013, ano em que o indicador fechou em 56,2 %. EFE
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