Strauss-Kahn encerra depoimentos e volta a negar acusações

  • Por Agência EFE
  • 12/02/2015 16h48
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Dominique Strauss-Kahn concluiu nesta quinta-feira seu último depoimento como acusado de agenciamento de prostitutas no Tribunal Correcional de Lille, na França, e voltou a negar que sabia da existência de garotas e programa nas orgias que participou quando quando era diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Strauss-Kahn, de 65 anos, afirmou que ninguém contou a ele que mulheres tinham sido contratadas para participar das festas, realizadas entre 2007 e 2011, e manter relações com ele e seus amigos em cidades como Lille, Washington e Paris.

Neste terceiro dia de interrogatórios, o ex-ministro francês de Finanças foi perguntado sobre a utilização de termos como “material” e “presente” para se referir às mulheres que participaram das orgias. Strauss-Kahn respondeu que eram mensagens curtas e concisas e que não acreditava que não deviam aparecer em outro contexto.

Durante o julgamento, foram lidos sete mensagens de texto que Strauss-Kahn, conhecido na França como DSK, trocou com o empresário Fabrice Paszkowski, que faz parte dos 12 homens e duas mulheres acusados de terem contratado prostitutas para as festas libertinas.

“Quer vir comigo e com o material descobrir uma magnífica e sem-vergonha discoteca de Madri”, disse um amigo de DSK para ele uma das mensagens.

Segundo Strauss-Khan, esse tipo de texto demonstra que ele era convidado para as festas mas não era nem o incentivador nem um dos organizadores, por isso não podia saber que algumas das mulheres que participavam das orgias eram prostitutas e estavam cobrando para manter relações sexuais.

O juiz do tribunal também mencionou o apartamento de 45 metros quadrados em Paris que teria sido alugado e escondido pois Strauss-Kahn o utilizaria para fazer sexo com garotas e programa.

“Sou um político, casado. Não queria que o contrato estivesse em meu nome e pedi a um amigo. O apartamento servia para atividades sexuais e para o trabalho”, resumiu DSK, que era diretor-gerente do FMI e estava casado com a jornalista Anne Sinclair.

Strauss-Kahn, que pode ser condenado a uma pena máxima de dez anos de prisão e 1,5 milhão de euros de multa, voltará ao tribunal na próxima semana para a segunda fase do julgamento.

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