Suposto líder do atentado de 2012 na Líbia chega aos EUA para ser julgado

  • Por Agencia EFE
  • 28/06/2014 12h58
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Washington, 28 jun (EFE).- Ahmed Abu Jatala, o suposto líder do ataque contra o consulado americano em Benghazi (leste da Líbia) em setembro de 2012, chegou neste sábado a Washington para ser julgado, com acusações que poderiam supor uma pena de morte, informaram fontes oficiais a vários meios de comunicação americanos.

Após dez dias de viagem aos EUA em uma embarcação da Marinha, Jatala chegou à capital americana entre fortes medidas de segurança e foi levado a um do tribunal federal do Distrito de Columbia, onde enfrentará o processo judicial pelo ataque, no qual morreram quatro americanos.

O suspeito foi levado a Washington em helicóptero pouco depois do amanhecer desde a embarcação USS New York, no qual viajou aos EUA sob a custódia das autoridades americanas que o capturaram em meados deste mês em Benghazi, durante uma operação conjunta das forças especiais americanos e o FBI.

Jatala, um suposto líder regional do grupo terrorista islâmico Ansar al Sharia, foi interrogado a bordo da embarcação da Marinha por funcionários americanos que afirmam que há “cooperado” com as autoridades, segundo informou o jornal “New York Times”.

O suposto atacante foi acusado no ano passado pelo Departamento de Justiça de três acusações, entre eles o de matar uma pessoa durante um ataque instalações federais de EUA, um delito pelo que pode terminar em pena capital.

As autoridades não proporcionaram por enquanto informação sobre quando começarão as audiências no processo judicial contra Jatala, a quem o governo americano se negou a transferir à prisão para suspeitos de terrorismo em Guantánamo ( Cuba ) apesar dos pedidos de muitos republicanos.

No ataque de 11 de setembro de 2012 ao consulado de Benghazi faleceram vários líbios, o embaixador americano na Líbia, Chris Stevens, o encarregado de segurança do Departamento de Estado Sean Smith; e dois empregados da CIA, Tyrone Woods e Glen Doherty.

O presidente de EUA, Barack Obama, qualificou neste mês Jatala como “um dos supostos cérebros” por trás do ataque armado contra o complexo consular de Benghazi e assegurou que cairia sobre ele “todo o peso do sistema de Justiça americana”.

O Departamento de Justiça deixou aberta a possibilidade de acrescentar mais acusações contra Jatala, cuja detenção aconteceu em seu próprio lar em uma operação sem vítimas.

Em entrevista com à Agência Efe em agosto passado desde Benghazi, Jatala assegurou que as acusações americanas contra si “são falsas e não há nelas nem rastro de verdade”.

O ataque, que aconteceu no 11° aniversário dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, se transformou em uma ferramenta política para os republicanos que ainda questionam a resposta do governo de Obama ao incidente. EFE

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