Carta aberta pede transparência nas negociações da COP30 em Belém
O alerta é direcionado principalmente para a influência de lobistas do setor de petróleo

Uma carta aberta, que reúne a assinatura de 260 organizações e especialistas, foi enviada às lideranças da COP30, exigindo maior transparência nas negociações da cúpula climática das Nações Unidas, marcada para acontecer em Belém. O documento enfatiza a necessidade de medidas que impeçam a influência de lobistas do setor de petróleo nas discussões. Os signatários da carta, que incluem entidades renomadas como WWF, Greenpeace, Anistia Internacional e o Instituto Socioambiental (ISA), alertam que a presença desses lobistas em edições anteriores da COP comprometeu a implementação de ações essenciais para a redução das emissões de gases do efeito estufa. A carta solicita que sejam divulgadas as declarações de interesse dos organizadores e das delegações dos países participantes. Além de exigir maior transparência, o documento propõe que os critérios para a escolha das sedes das cúpulas sejam revisados, evitando que países com governos autoritários ou com vínculos estreitos com a indústria de combustíveis fósseis sejam escolhidos. Os signatários acreditam que essas mudanças são fundamentais para garantir a integridade das negociações climáticas.
O texto ressalta que, sem essas reformas, a diplomacia climática global pode se tornar um mero exercício sem resultados concretos. A cúpula deste ano enfrentará desafios significativos, incluindo a necessidade de financiamento para ações que visem mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A COP30 está agendada para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, com a cúpula de líderes programada para os dias 6 e 7 de novembro. A expectativa é que as discussões abordem não apenas a redução das emissões, mas também estratégias para enfrentar os impactos das mudanças climáticas em nível global.
publicado por Patrícia Costa
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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