Secas severas e aumento de temperatura ameaçam o Brasil

Estudo mostra que estiagens vão se tornar mais comuns e o calor pode trazer riscos à saúde e à infraestrutura

  • Por da Redação
  • 19/09/2024 14h55
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Divulgacao/Defesa Civil Municipal rios sofrem seca no interior do Amazonas Rios sofrem com a seca no interior do Amazonas

O Brasil está enfrentando uma das secas mais severas de sua história, acompanhada por temperaturas que superam a média. De acordo com um estudo do World Resource Institute (WRI), a possibilidade de crises climáticas se tornará mais comum nas próximas décadas. A pesquisa abrangeu 996 cidades, incluindo 32 no Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, e alerta para os impactos do aquecimento global. Os pesquisadores analisaram diversos indicadores, como saúde pública, infraestrutura e produtividade econômica, em diferentes cenários de aumento da temperatura. A diferença entre um aumento de 1,5°C e 3°C pode resultar em consequências drásticas para bilhões de pessoas, afetando especialmente as populações mais vulneráveis. Com 2024 se aproximando como um dos anos mais quentes já registrados, a temperatura média já está 1,4°C acima dos níveis da era pré-industrial.

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Caso a temperatura global atinja 3°C, a frequência de ondas de calor poderá aumentar significativamente, passando de 4,9 para 6,4 ocorrências anuais, com a duração média se estendendo de 16,3 para 24,5 dias. Cidades como Cuiabá podem enfrentar até 12 ondas de calor por ano, o que dificultará a aclimatação do corpo humano e elevará os riscos à saúde da população. Além dos problemas relacionados ao calor, o aquecimento global também favorece a disseminação de doenças transmitidas por mosquitos, como dengue e zika. Em 2024, o Brasil registrou uma epidemia de dengue sem precedentes, com cerca de 6 milhões de casos e quase 4 mil mortes. O aumento das temperaturas pode resultar em mais dias favoráveis à propagação dessas infecções.

A demanda por energia para climatização deve crescer, especialmente na América Latina, em resposta ao calor extremo. O consumo de eletricidade para resfriamento pode dobrar, o que pressionará os sistemas de energia e elevará os custos. No Brasil, a conta de energia já está mais alta devido à seca e ao baixo nível dos reservatórios. Para mitigar os efeitos do aquecimento, especialistas sugerem investimentos em infraestrutura verde, como áreas arborizadas e energia solar. Essas medidas podem ajudar a reduzir a temperatura urbana e a dependência de fontes de energia fósseis, contribuindo para a estabilização do clima e a melhoria da qualidade de vida nas cidades.

publicado por Patrícia Costa

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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