Elon Musk ameaça processar o Threads por ‘apropriação ilegal de segredos’
Advogado do bilionário alega que Mark Zuckerberg contratou ex-funcionários da plataforma de Musk para se beneficiar em novo projeto
O Twitter ameaçou processar a gigante Meta algumas horas depois de a empresa que controla o Instagram lançar o Threads, um aplicativo semelhante ao de Elon Musk. Em carta dirigida ao diretor-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, publicada nesta quinta-feira, 6, pelo site de notícias ‘Semafor’, o advogado de Musk, Alex Spiro, acusou a empresa de “apropriação ilegal dos segredos comerciais do Twitter e outras propriedades intelectuais”. A carta acusava a Meta de contratar dezenas de ex-funcionários da empresa de Musk que “tinham e ainda têm acesso aos segredos comerciais do Twitter e outras informações altamente confidenciais”. O Threads é o maior desafio enfrentado até hoje pelo Twitter, que viu surgir uma série de potenciais concorrentes, embora nenhum com poder suficiente para substituir uma das maiores redes sociais do mundo. O mais recente movimento de Zuckerberg contra Musk aumentou ainda mais a rivalidade entre os dois bilionários, que inclusive concordaram recentemente em se encontrar para uma luta corpo a corpo em uma jaula. Em seu primeiro tweet em mais de uma década, Zuckerberg publicou um meme do Homem-Aranha apontando para outro Homem-Aranha, em uma aparente referência às semelhanças entre o Threads e o Twitter.
O Threads foi lançado nas lojas de aplicativos da Apple e do Android em 100 países às 23h GMT (20h no horário de Brasília) da quarta-feira, e os primeiros comentários destacaram uma semelhança próxima, embora reduzida, com o Twitter. Em poucas horas, mais de 30 milhões de pessoas haviam baixado o Threads, anunciou Zuckerberg nesta quinta. “Parece o começo de algo especial, mas temos muito trabalho pela frente para construir o aplicativo”, escreveu em sua conta oficial do Threads. Já havia na plataforma contas ativas de celebridades como Jennifer Lopez, Shakira e Hugh Jackman, e veículos de imprensa como The Washington Post e The Economist.
*Com informações da AFP
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