Terrorista que atentou contra João Paulo II é expulso da Itália

  • Por Agência EFE
  • 30/12/2014 10h07

O terrorista turco Mehmet Ali Agca, autor do atentado contra o papa João Paulo II em 1981, foi expulso da Itália dois dias depois de visitar o túmulo do santo polonês, no Vaticano. De acordo com o que foi publicado pelo jornal “La Repubblica”, a expulsão aconteceu nesta segunda-feira (29) à noite, quando o ex-membro do grupo terrorista de extrema direita “Lobos Grises” embarcou em um voo desde o aeroporto de Fiumicino com destino a Istambul.

Agca foi o autor dos disparos que João Paulo II recebeu em 13 de maio de 1981 durante um ato na praça de São Pedro do Vaticano. O papa foi atingido por quatro balas e Agca foi detido imediatamente . João Paulo II sobreviveu e inclusive ofereceu em pessoa seu perdão. 

Neste sábado (27), Agca, de 56 anos, foi visto perante o túmulo do santo polonês para realizar uma oferenda floral, dia do 31° aniversário da visita que Wojtyla lhe realizou na prisão romana de Rebbibia, onde permaneceu após a tentativa de assassinato. Após depositar as flores, Agca foi conduzido pela polícia italiana à delegacia romana de Cavour, onde explicou que “sentia a necessidade de realizar este gesto”.

Nesta segunda-feira o juiz de paz de Roma deu permissão para proceder com sua expulsão definitiva do país. Os advogados da família Orlandi, Massimo Krogh e Nicoletta Piergentili, pediram sua detenção para submetê-lo a um interrogatório em relação com o caso de Emanuela Orlandi, filha de um empregado do Vaticano desaparecida em 1983 e cujo caso foi relacionado e nunca provado com o atentado contra o papa.

 

 

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