Testemunha que teve carro atingido diz que aproximação de ônibus foi súbita

Testemunha afirmou que ônibus estava descontrolado e que motorista não frenou ou buzinou antes de acidente que matou 18 pessoas na Mogi Bertioga.
O gerente de depósito de materiais de construção Cezar Donizetti Vieira estava na estrada e viu tudo acontecer enquanto voltava de Araraquara para São Sebastião, onde mora.
Mais do que isso, o carro dele foi atingido nas proximidades do quilômetro 84 da rodovia, antes do coletivo tombar na noite de quinta-feira (09). “Ele encostou na minha lateral, me empurrou. Me forçou, foi me ralando até que coloquei o carro no meio fio, quebrou meu retrovisor. Ele passou e balançou para a esquerda, para a direita”, relatou a testemunha que também contou sobre o desespero de familiares que estavam em seu carro.
O veículo era o ônibus da União do Litoral, conduzido pelo motorista Antônio Carlos da Silva, que ficou completamente destruído pelo impacto.
Cezar Donizetti Vieira contou que a aproximação do coletivo foi bastante súbita, por trás do carro dele, sem buzina, sem alerta.
“Eu vi os faróis e não consegui identificar como ônibus (…) Você imagina que o motorista possa ter pensado em me usar como escora para evitar um acidente mais grave, como ir para o abismo”, detalhou.
Cezar entendeu que o motorista de alguma maneira tentou controlar a descida do veículo usando o carro dele como escora, o que não ocorreu.
Depois do impacto, ele relatou que o ônibus aparentemente não teve nenhum freio, tombando e batendo diretamente. “Não ouvi barulho de freio, de pneu cantando. Não ouvi”, finalizou.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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