Transportes e educação elevam custo de vida do paulistano em fevereiro
O custo de vida do paulistano subiu 1,26% em fevereiro na comparação com o mês anterior, aponta pesquisa mensal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP). No acumulado do ano, o Custo de Vida por Classe Social (CVCS) registra alta de 2,48%. Ao somar os índices dos últimos 12 meses, a taxa é 6,95%.
O grupo educação foi responsável por 30,2% do aumento geral do índice, encerrando o mês com elevação de 6,39%. A taxa é menor que os 6,79% apurados em fevereiro do ano passado. A segunda maior influência na composição do índice veio do segmento transportes, representando 27,8% do total. Esse grupo teve um aumento de 1,64%. Em janeiro, a alta foi 1,65%.
A pesquisa mostra ainda que a classe B (com renda de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23) foi a mais impactada pela alta do custo de vida. A variação nesse estrato social foi 1,48%. De acordo com a FecomercioSP, esse segmento é o que mais gasta com educação (9,9% do orçamento) e a segunda que mais gasta com transporte (23,3%).
O Índice de Preços do Varejo (IPV), indicador que compõe o custo de vida, avançou 1,21% em fevereiro. É a maior alta desde janeiro de 2013, quando atingiu 1,29%. No acumulado dos últimos 12 meses, a elevação é 5,29%. O principal responsável pelo acréscimo foi o grupo transportes (3,67%). A gasolina teve alta de 7,53% e o etanol, 7,61%, em relação a janeiro.
Os economistas da FecomercioSP lembram que aumento do custo do combustível tem relação com a elevação da tributação para esse produto, anunciado em janeiro.”[Isso] impactou significativamente e fez com que o produto fosse responsável por mais da metade da inflação no mês”, destaca nota da federação.
O custo dos serviços também subiu nesta apuração, com elevação de 1,32% em fevereiro e 8,72% no acumulado dos últimos 12 meses. O grupo educação foi o que mais contribuiu para o resultado, com alta de 6,82%. Os destaques foram os itens cursos de idiomas (9,3%), educação infantil (9,1%), ensino médio (8,8%), curso de informática (8,5%), ensino superior (5,1%) e curso técnico (5%).
Camila Maciel – Repórter da Agência Brasil // Edição: José Romildo
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