Tribunal do Catar absolve casal americano pela morte de sua filha
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Doha, 30 nov (EFE).- Um tribunal de apelação do Catar absolveu neste domingo um casal americano, que enfrentava acusações com pena de três anos de prisão pela morte de sua filha em janeiro de 2013.
O juiz alegou que não é possível provar que o casal colocou a menina em perigo e que pelo contrário há várias provas que comprovam sua inocência, segundo a sentença publicada pelo jornal catariano “Doha News”.
O magistrado também rejeitou uma apelação da promotoria catariana que pedia que eles fossem condenados por assassinato em primeiro grau.
Matthew e Grace Huang foram condenados por um tribunal penal em março a três anos de prisão, após serem declarados culpados de negligência pela repentina morte de sua filha adotiva Gloria, de oito anos.
A certidão de óbito de Gloria, emitida pelo Conselho Supremo de Saúde do Catar, assinalou que as causas da morte eram “desnutrição e desidratação”, mas a defesa sempre manteve que a menina tinha um transtorno alimentar por causa da pobreza extrema em que viveu em seu país de origem.
Testemunhas disseram durante o julgamento que viram a Gloria comer um dia antes de sua morte, o que segundo o magistrado desmente a acusação de que os pais impediram a menina de comer.
Foram estes testemunhos que levaram o tribunal de primeira instância a condenar o casal americano.
“Grace e eu queremos ir para casa e estar com nossos filhos”, disse aos jornalistas na saída do tribunal Matthew Huang, que descreveu o processo judicial de “longo e duro”.
Este veredicto põe fim a um controvertido caso, que manteve o casal preso até novembro de 2013, quando foi solto mediante fiança, mas proibidos de deixar o Catar.
Por se tratar de uma família americana com três filhas adotivas de origem africana, a promotoria catariana acusou também os Huang de tráfico de pessoas, por suspeitar que adotaram as meninas para traficar seus órgãos.
O casal se mudou para o Catar a trabalho em 2012 e em 15 de janeiro de 2013, Gloria morreu repentinamente. Ele foi adotada em Gana em 2009= .EFE
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