Tropas russas invadem a última embarcação leal a Kiev nas águas da Crimeia

  • Por Agencia EFE
  • 25/03/2014 17h03
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Kiev, 25 abr (EFE).- Tropas russas atacaram nesta terça-feira o navio caça-minas “Cherkassy”, a último embarcação da Marinha ucraniana na Crimeia que não tinha se rendido à frota russa do Mar Negro.

Após duas horas de ataque, no qual se utilizaram armas de fogo e explosivos, os soldados russos conseguiram postar-se na cobertura do navio, informou Vladislav Selezniov, porta-voz do Ministério da Defesa da Ucrânia na Crimeia.

Segundo a fonte, os russos tentam agora chegar ao compartimento onde está entrincheirada a tripulação, que está composta por 61 pessoas, entre marinheiros e oficiais.

“A tripulação está entrincheirada dentro do navio com as escotilha fechadas hermeticamente”, assegurou o marinheiro ucraniano Aleksandr Gutnik ao site do jornal “Ukrainskaya Pravda”.

Com a ajuda de um navio rebocador, várias lanchas rápidas e dois helicópteros Mi-35, os russos cercaram o “Cherkassy”, que está bloqueado há três semanas no lago Donuzlav.

Segundo meios de comunicação ucranianos, durante o ataque foram ouvidas várias rajadas de disparos e explosões na embarcação, que não pode sair a mar aberto, já que a Marinha russa bloqueou a saída do lago ao afundar duas de suas embarcações.

O “Cherkassy”, que dispõe de canhões, peças de artilharia e metralhadoras, tinha repelido nos últimos dias vários tentativas de abordagem.

Nas últimas semanas as tropas russas controlaram mais de 200 unidades militares e quase todos os navios da Marinha ucraniana posicionados na Crimeia.

O ministro da Defesa ucraniano, Igor Teniukh, renunciou hoje após receber várias críticas por abandonar à própria sorte os militares ucranianos na Crimeia, muitos dos quais passaram ao lado russo.

O novo titular da pasta, Mikhail Koval, prometeu que os militares ucranianos que ainda permanecem no território retornarão à Ucrânia com suas armas no ombro e a bandeira nacional em riste.

A Ucrânia ordenou na segunda-feira a retirada de todas suas unidades militares na península da Crimeia, que passou a fazer parte na semana passada da Federação Russa. EFE

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