Tsipras promete “libertar” Grécia de austeridade e aplicar políticas sociais

  • Por Agencia EFE
  • 06/09/2015 19h59

Atenas, 6 set (EFE).- O líder do partido esquerdista grego Syriza, Alexis Tsipras, afirmou neste domingo que o programa eleitoral busca “a liberação progressiva” da austeridade e afirmou que continuará a negociar para aplicar políticas sociais.

“Muitos divulgam intencionalmente que a única coisa que decidiremos nas eleições é a gestão do acordo, que, também intencionalmente, apresentam como algo concluído. Não há pior mentira”, disse Tsipras no discurso de apresentação de seu programa em Salônica (norte da Grécia).

O ex-primeiro-ministro explicou que os cidadãos devem decidir nas eleições antecipadas do dia 20 “se voltará à corrupção e ao clientelismo ou se haverá continuidade à luta que iniciamos em janeiro”.

Tsipras detalhou seus planos para fazer frente à falta de liquidez do Estado, reduzir o desemprego, principalmente o juvenil, e melhorar o sistema de saúde e educativo.

Em relação à falta de liquidez, Tsipras disse que é necessária a recapitalização dos bancos, que será realizada com os recursos do resgate.

Sobre o desemprego, Tsipras disse que seriam aumentados os contratos “temporários por enquanto, infelizmente”, e assegurou que haverá incentivos para que as empresas “contratem desempregados”.

“Apresentaremos programas de formação e de contratação de jovens desempregados”, prometeu.

O líder do partido informou que o Syriza permitirá aos desempregados ter acesso gratuito ao transporte público e distribuirá comida a todas as escolas dos bairros mais afetados pela crise, com a ajuda da Igreja.

Em matéria de saúde, o ex-primeiro-ministro disse que sua intenção é “garantir o acesso universal”.

“Introduziremos um cartão eletrônico para todos os cidadãos e provedores de serviços de saúde e reduziremos a corrupção e o desperdício”, apontou.

Segundo ele, a educação “necessita uma reforma progressista em todos os setores” e garantiu que haverá “uma mudança dos programas escolares”, mas não detalhou quais seriam. EFE

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