Tspiras define com bancos gregos manter proteção contra despejo de inquilinos

  • Por Agencia EFE
  • 22/07/2015 11h47
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Atenas, 22 jul (EFE).- O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, definiu nesta quarta-feira com a presidente da União de Bancos gregos, Luka Katseli, que continuará a valer a proteção aos cidadãos mais desfavorecidos para que não percam sua primeira casa, apesar de ter expirado no final de junho a moratória sobre os despejos de inquilinos.

“O que importa agora é voltar à normalidade do sistema, mas também garantir a capacidade de evitar qualquer movimento que afete nossos cidadãos mais vulneráveis”, afirmou Tsipras na reunião.

O primeiro-ministro se mostrou confiante que os bancos “não têm intenção” de aproveitar o vazio legal existente para executar despejos de inquilinos e defendeu por “fazer todo o possível” para proteger os mais frágeis.

Já Katseli se comprometeu a aplicar até final de ano o marco jurídico que estabelecia a moratória, e disse estar à espera de uma nova lei que regule e proteja a habitação.

A presidente da União de Bancos gregos se mostrou otimista depois de as entidades terem aberto na segunda-feira, após mais de 20 dias fechadas, e disse que agora é momento de “olhar para frente”.

“Queremos que todo o sistema financeiro entre em uma fase de regularidade e normalidade tão breve quanto possível para poder suspender as limitações em relação aos saques e ao fluxo de capital”, acrescentou.

Katseli destacou que o controle de capitais foi um duro golpe à economia real e afirmou que assim que puderem suspender as restrições, “será melhor para a potencial recuperação da economia grega”.

Panos Kammenos, líder do partido que forma a coalizão do governo, o nacionalista Gregos Independentes, afirmou também hoje que “não existe o risco” de perder a primeira residência.

“Não vamos permitir que nenhum grego fique sem casa”, disse Kammenos em declarações à imprensa depois de se reunir com Tsipras.

Hoje o parlamento grego vota o projeto de lei sobre o segundo pacote de reformas estipulado com a zona do euro, passo anterior ao início das negociações para um terceiro programa de resgate.

O texto, que inclui uma reforma do código civil e a adoção da direção europeia sobre saneamento de bancos, conta com pontos espinhosos, como a introdução de medidas que facilitam os leilões de imóveis embargados pelos bancos.EFE

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