UE adverte que nenhum sócio deve ficar à margem de crise refugiados

  • Por Agencia EFE
  • 18/09/2015 22h19

Bruxelas, 18 set (EFE).- O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, destacou nesta sexta-feira a urgência em conseguir um enfoque conjunto perante a crise de refugiados que assola a União Europeia (UE) e advertiu os líderes comunitários para que nenhum país “permaneça à margem” dessa solução.

“Ninguém deveria manter-se à margem porque então seremos incapazes de construir nossa resposta europeia baseada na unidade e na responsabilidade”, declarou Tusk na carta enviada aos chefes de Estado e governo da UE na qual convida-os formalmente à cúpula extraordinária convocada para o próximo dia 23 a fim de abordar a atual crise.

Nessa reunião, convocada de urgência, os países tentarão chegar a um “consenso” sobre a proposta para situar 120.000 pessoas, em sua maioria procedentes da Síria.

“A crise que estamos presenciando é uma prova de nossa humanidade e responsabilidade. Causa muitas tensões e acusações entre políticos e cidadãos europeus”, reconheceu Tusk.

O presidente do Conselho acrescentou que, “como europeus, não estamos conseguindo atualmente tramitar nossas fronteiras exteriores comuns”, e destacou que vários Estados-membros “decidiram proteger-se fechando as suas nacionais”.

“A proteção da comunidade europeia é nosso primeiro dever e obrigação e fracassamos nessa frente. Durante tempo demais nossas discussões se centraram em derivar a responsabilidade a outros”, assinalou.

Para Tusk, há “uma longa lista de assuntos dos quais poderíamos acusar uns aos outros, mas isso não ajudará a encontrar uma solução comum”. EFE

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