Valor oferecido pela primeira parcela da outorga foi surpreendente, diz Alckmin

  • Por Estadão Conteúdo
  • 10/03/2017 13h58
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Governador de São Paulo

Gilberto Marques/A2img Geraldo Alckmin - Fotos Públicas

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que o valor oferecido pelo Pátria na primeira parcela da outorga das Rodovias do Centro-Oeste Paulista (Florínea-Igarapava) foi “surpreendente”. “Essa é a vantagem do leilão, um não sabe qual o valor do outro”, disse Alckmin, em conversa com jornalistas.

O Pátria ofereceu R$ 917,251 milhões pela primeira parcela da outorga do lote, um ágio de 130,89% em relação ao valor mínimo, de R$ 397,2 milhões.

O governador ainda classificou o resultado do leilão como “uma grande prova de confiança na economia brasileira”, afirmando que a concessão foi bem sucedida por causa da grande credibilidade do processo. “São Paulo tem regras, transparência, respeita contratos”, frisou.

Ao todo, a rodovia envolve investimentos de R$ 3,9 bilhões ao longo de 30 anos de concessão, sendo R$ 2,1 bilhões já nos primeiros oito anos de contrato, o lote engloba trechos da SP-266, SP-294, SP-322, SP-328, SP-330, SP-333 e SP-351. A concessão prevê oito praças de pedágio ao longo da extensão do lote, sendo quatro novas e outras quatro já existentes.

Rodovia dos Calçados

Questionado a respeito das expectativas do governo para o leilão da Rodovia dos Calçados, marcado para abril, Alckmin mostrou-se otimista. “Não podemos andar de salto alto, temos que ter humildade, mas é claro que o processo começou uma maravilha”, disse. 

Modelagem

O secretário de Governo do Estado de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, afirmou que foram feitas mudanças na modelagem dos leilões de rodovias estaduais para atrair a participação de fundos de investimento no processo, e que a vitória do Pátria na disputa pelas Rodovias do Centro-Oeste Paulista mostra que o plano do governo teve sucesso.

“O Pátria vai poder contratar as empreiteiras e operadores que quiser, é um investimento de longo prazo”, disse Abreu, em conversa com jornalistas. “São recursos que geram emprego, não são especulativos, e só foi possível (atrair esse tipo de investidor) porque mudamos o modelo.”

O secretário ainda avaliou que houve resistência por parte do mercado, mas que, no fim, o leilão foi bem sucedido. Quanto às críticas de que apenas dois grupos participaram da disputa – além do Pátria, a EcoRodovias ofereceu proposta pelo trecho -, Abreu disse se tratar de “coisa de quem desdenha e quer comprar”

“Teve gente criticando em off, mas, no fundo, queria participar e não teve coragem de aceitar o novo modelo”, afirmou. Segundo ele, com o resultado de hoje, a expectativa para o leilão da Rodovia dos Calçados, que ocorrerá em abril, é de um número maior de participantes.

Melhoria de serviços

Também em conversa com jornalistas, a subsecretária de Parcerias e Inovação do governo de São Paulo, Karla Bertocco, destacou que o foco para essas rodovias é a melhoria dos serviços, e não a execução de obras, o que justifica o esforço de atrair fundos de investimento para o certame.

“A obra é um meio para melhorar os serviços. O importante é ter condições financeiras e contar com bons parceiros”, avaliou Bertocco.

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