Venezuela pedirá explicações aos EUA por envolvimento em planos de magnicídio
Caracas, 3 jun (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta terça-feira que pedirá explicações “oficiais” ao governo dos Estados Unidos pelo suposto envolvimento de funcionários de seu “mais alto escalão” em um suposto plano para assassiná-lo.
“Eu orientei o chanceler Elías Jaua para pedirmos oficialmente explicações ao Departamento de Estado de todos estes elementos, que comprometem os funcionários do mais alto nível, no plano de assassinato do presidente da Venezuela”, afirmou o presidente em seu programa de rádio e televisão “Em contato com Maduro”.
O dirigente do Partido Socialista (PSUV), Jorge Rodríguez, denunciou na quarta-feira passada “um complexo plano voltado para acabar com a paz” que incluía um “magnicídio” e um “golpe militar”, que já foi abortado.
Para embasar sua denúncia, Rodríguez mostrou vários e-mails com supostas mensagens de diferentes figuras da oposição venezuelana, um deles mencionando o novo embaixador dos Estados Unidos na Colômbia, Kevin Whitaker.
Maduro afirmou que o governo americano deve explicar “se é uma participação por vias oficiais ou por que aparecem estes nomes e de outros elementos”.
“Meu governo está às ordens para contribuir com provas para o governo do presidente (Barack) Obama de como altos funcionários do Departamento de Estado promovem a loucura da extrema direita golpista e magnicida da Venezuela”, disse.
O Departamento de Estado rejeitou as acusações de participação neste suposto plano para assassinar Maduro e garantiu que “são totalmente falsas e infundadas”.
Desde o ano passado, o governo venezuelano vem denunciando sucessivamente planos de magnicídio e de golpe de Estado no país, nos quais envolveu os Estados Unidos e o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe.
As relações entre Venezuela e Estados Unidos estão em um de seus pontos mais baixos desde 2010, quando os dois países ficaram sem embaixadores.
Na semana passada, Maduro anunciou que o embaixador designado nos Estados Unidos, Maximilien Sánchez Arveláiz, que está à espera do consentimento, irá a Washington como encarregado de negócios para levar “a verdade” do país sul-americano. EFE
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