Xi Jinping inicia viagem para aprofundar relações com a América Latina

  • Por Agencia EFE
  • 12/07/2014 09h55
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Pequim, 12 jul (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, inicia no domingo sua segunda viagem pela América Latina como líder máximo do país asiático, uma visita na qual procura aprofundar as relações com a região, que Pequim considera estratégica e com ainda muito potencial para o desenvolvimento bilateral.

Com a promessa de melhorar as relações e a previsão de assinar suculentos acordos com cada um dos países, o presidente da China volta à região, desta vez com escalas no Brasil, Argentina, Venezuela e Cuba, um ano após ter passado por Costa Rica e México.

A viagem se iniciará com o comparecimento de Xi à sexta cúpula dos líderes do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que será realizada de 15 a 16 de julho na cidade brasileira de Fortaleza.

Depois disso, o presidente participará da primeira reunião de chefes de Estado do quarteto da Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (CELAC), cujos membros atuais são Costa Rica, Cuba, Equador e Antígua e Barbuda.

Este encontro foi proposto precisamente pela parte chinesa e foi administrado pelo ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, quando viajou em abril aos mesmos países que agora Xi visitará.

Em entrevista coletiva para informar sobre a viagem presidencial, o vice-ministro de Relações Exteriores chinês, Li Baodong, assegurou que a participação chinesa nestas reuniões “demonstra o grande compromisso do país para melhorar a cooperação” e disse que a viagem de Xi “aumentará consideravelmente as relações entre China e América Latina e o Caribe”.

China e Brasil lembram neste ano o 40° aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas, laços que, segundo Li, “cresceram rapidamente” e que, com a viagem de Xi, “esperam melhorar ainda mais no futuro”.

O comércio bilateral entre ambos países alcançou em 2013 os US$ 90,2 bilhões, o que posicionou a China como primeiro parceiro comercial do Brasil e o país como o nono para o gigante asiático.

Além de participar dos atos de celebração do aniversário, Xi se reunirá com a presidente Dilma Rousseff, participará de um fórum entre empresários de ambos países e será testemunha da assinatura de acordos de cooperação em comércio, investimento e finanças, entre outros.

Sua segunda parada da viagem será a Argentina, “um bom amigo e um parceiro importante na região”, assegurou Li.

Xi se reunirá com a presidente Cristina Kirchner, com a qual já manteve um breve encontro durante a passada reunião do G20 em São Petersburgo (Rússia).

A China foi o segundo maior parceiro comercial da Argentina em 2013, com um volme de comércio bilateral de US$ 14,8 bilhões.

A visita de Xi à Argentina procura levar as relações bilaterais “a um novo nível”, algo que ajudará a assinatura de acordos em áreas como a agricultura, o investimento, o comércio e as finanças.

A Venezuela, terceiro país que o presidente da China visitará, representa um aliado-chave da China na região, uma união que impulsionou especialmente o falecido presidente Hugo Chávez e que ambas as partes querem continuar sob o mandato de Nicolás Maduro, com o quem se reunirá.

“Desde a iniciada da aliança estratégica em 2001, as relações cresceram de forma exponencial”, resumiu Li, que definiu o país venezuelano como “um bom amigo”, e com o qual neste ano a China também celebra o 40° aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas.

Foi confirmada, além disso, a assinatura de acordos entre Pequim e Caracas em temas como energia, agricultura, tecnologia e comércio, com o objetivo de aumentar os intercâmbios bilaterais, que em 2013 se situaram nos US$ 19,2 bilhões.

Finalmente, a última parada de Xi será Cuba, “um bom amigo, companheiro e irmão da China”, em palavras de Li.

A visita, segundo o vice-ministro de Relações Exteriores, “será um marco na história das relações entre ambas as nações, que sempre apostaram pela confiança mútua e uma estreita coordenação nos assuntos multilaterais”.

Com o presidente cubano, Raúl Castro, Xi presenciará a assinatura de acordos em comércio, agricultura, biotecnologia, cultura e educação. EFE

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