Augusto Nunes: Pazuello fez o que pôde, mas agora deve dar espaço ao novo ministro

Presença do general e do futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em evento de entrega de vacinas foi debatida entre comentaristas do programa ‘Os Pingos Nos Is’

  • Por Jovem Pan
  • 17/03/2021 19h42 - Atualizado em 17/03/2021 20h14
EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 11/01/2021 Homem de camisa branca e máscara azul fazendo sinal de positivo com as mãos e falando em microfone Ministro participou de evento de entrega de vacinas da Fiocruz

O futuro ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta quarta-feira, 17, durante entrega das primeiras 500 mil doses da vacina produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil que o país só vai conseguir reduzir mortes por Covid-19 praticando o isolamento social e a melhora do sistema hospitalar. Ele voltou a pedir união nacional, uso de máscaras e a redução de aglomerações. “Não adianta só o governo ficar recomendando o uso de máscaras se as pessoas não são capazes de aderir a esse tipo de medida, que é um tipo de medida simples, que não demanda grandes custos. O governo recomenda, por exemplo, a redução de aglomerações fúteis, e as pessoas ficarem fazendo festas nos finais de semana, contribuindo para a circulação do vírus. Então, é necessário que não fiquem esperando só que o governo resolva tudo. É preciso de uma corrente nacional para que consigamos êxito nesse grande desafio”, afirmou. Na mesma ocasião, o general Eduardo Pazuello afirmou que Queiroga reza pela mesma cartilha dele e disse que espera que o novo ministro dê continuidade ao trabalho desenvolvido até o momento.

Pazuello também falou que o atraso na chegada de insumos vindos da China foi responsável por fazer “o Brasil sangrar”. Insatisfeitos com a escolha de Queiroga para o Ministério da Saúde, alguns parlamentares do Centrão discutem dificultar pautas do governo federal na Câmara após Bolsonaro ter ignorado as sugestões do bloco para o comando da pasta. Nesta terça, um dia após a decisão de Bolsonaro, deputados da base aliada, como do PP e do PL, defenderam a necessidade do bloco partidário emitir um recado público ao presidente. O desejo inicial do Centrão seria de que o deputado Luiz Antônio Teixeira, conhecido como “Doutor Luizinho” fosse o nomeado para a pasta. Como alternativa, eles citaram o nome da cardiologista Ludhmila Hajjar, que declinou o cargo alegando “motivos técnicos”.

Comentarista do programa “Os Pingos Nos Is”, da Jovem Pan, Augusto Nunes acredita que Bolsonaro fez bem em não dar ouvidos às sugestões do Centrão e escolher um nome de confiança para o cargo. Para ele, o discurso de Queiroga é sério e compatível com a necessidade de enfrentamento à pandemia. Ele acredita, porém, que esse é o momento de Eduardo Pazuello “desencanar” e deixar o novo ministro ocupar o cargo com tranquilidade. “A pior coisa que pode existir para quem assume é uma viúva do cargo. Não estou ofendendo ou não o general Pazuello, que repito, fez o que pode, trabalhou bastante, mas ele é ex-ministro. Então esse negócio de ficar ali uma assombração no cargo e dando declarações atrapalha o trabalho de quem está chegando, então que o novo ministro possa fazer o que é necessário, e não é pouco”, afirmou. Entre as atitudes sugeridas por Augusto Nunes para este momento no país está a aceleração da vacinação no país e o contorno às restrições extremas impostas por unidades federativas. “É hora de apressar a vacinação e convencer a população de que é necessário distanciamento social, não adianta impor nada. O que resolve é a educação e a liderança”, pontuou.

Confira o programa “Os Pingos Nos Is” desta quarta-feira, 17, na íntegra:

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