‘Se Bolsonaro não apoiar Tarcísio, é quase certo que o Centrão inteiro vá com Ratinho’, diz líder do grupo

Declaração acontece em meio às negativas da família Bolsonaro e às vésperas do encontro do governador de SP com o ex-presidente, marcado para a próxima segunda-feira (29)

  • Por Beatriz Manfredini
  • 26/09/2025 08h45 - Atualizado em 26/09/2025 13h10
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Marcelo D. Sants/Ato Press/Estadão Conteúdo Tarcísio em ato na Paulista Tarcísio durante ato em defesa de Bolsonaro na Av. Paulista

O Centrão está cada vez mais próximo do governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), como possível candidato apoiado para o Palácio do Planalto em 2026. De acordo com um líder importante do grupo, “se [o ex-preside Jair] Bolsonaro não apoiar Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo], é quase certo que o Centrão inteiro vá com Ratinho”. A fala acontece em meio a negativas da família Bolsonaro e às vésperas de uma visita Tarcísio de Freitas ao ex-presidente na próxima segunda-feira (29).

Para o líder, se o ex-presidente Jair Bolsonaro indicar outra pessoa, especialmente alguém da própria família — caso do deputado federal Eduardo Bolsonaro, que vem se colocando na disputa, por exemplo, ou da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro —, “muito provavelmente” o centrão e a direita vão se separar na corrida eleitoral do ano que vem.

A leitura é que Ratinho, além de fazer parte de um partido forte – de Gilberto Kassab – tem boa avaliação em pesquisas, e que teria “muito” mais força que outros nomes da direita, como Ronaldo Caiado (União Brasil) ou Romeu Zema(Novo). “Ratinho tem menos perspectiva de vitória, mas é menos rejeitado também do que Tarcísio. Tem alguma vantagem com as mulheres. Mas é fortíssimo”, explica o líder do centrão.

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O movimento tem se intensificado nos últimos dias. No domingo (21), em São Paulo, um jantar realizado na casa de Kassab celebrou Ratinho Jr. como pré-candidato à Presidência. Kassab, que é secretário de Governo e Relações Institucionais de Tarcísio, já chegou a declarar que, se o governador de São Paulo disputasse, o PSD abriria mão de um candidato próprio — mas o movimento na direção contrária tem ganhado força nos últimos tempos.

Na terça (23), em evento na Associação Comercial de São Paulo, ao ser questionado sobre a candidatura à Presidência da República, em 2026, Ratinho disse que a decisão será feita no próximo ano, dentro do partido. O PSD também tem como pré-candidato Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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