Argentina, Chile, Brasil: Confira sugestões dos melhores Cabernet Franc em cada país
Excluindo os chilenos, que vão bem com pratos mais rústicos, os demais vinhos ficam melhores se refrescados a 16ºC e consumidos junto a lautas refeições
A uva Cabernet Sauvignon, entre as tintas, junto com a Pinot Noir, deve ser a mais popular das castas francesas, em que pese a Malbec também ser famosa e francesa. Entretanto, muitos se esquecem da sua ancestral, a Cabernet Franc. É isso aí, a famosa Cabernet Sauvignon nasceu de um “cruzamento”, ou enxerto, entre a Cabernet Franc e a Sauvignon Blanc. Em Bordeaux, a Cabernet Franc hoje é vista como uma uva secundária, entretanto no Loire é uma casta de muito respeito. Ao meu ver, os vinhos Cabernet Franc do Loire são muito mais gostosos, mais fáceis de beber (e mais em conta), que os de Bordeaux – em Bordeaux a grande referência à Cabernet Franc é o mítico Cheval Blanc.
Já os que mais gosto vêm de uma sub-região do Loire, chamada Chinon. Os vinhos de lá são fáceis de gostar e mais baratos, combinam bem com muitos pratos, além de serem vinhos gastronômicos, isso pela leveza e acidez. Outra coisa que torna o Cabernet Franc do Loire tão bacana é a pouca, ou nenhuma, madeira, e o fato de ser um vinho que vem pronto para o mercado, mesmo tendo um bom potencial de guarda. Afora a França, encontramos bons Cabernet Franc no Chile, Valle de Maipo, nos Estados Unidos, no Norte da Itália, especificamente no Friulli, e alguma coisa aqui pelo Brasil.
Vou sugerir alguns Cabernet Franc para aqueles que querem conhecer mais desta casta, com a certeza de que vão se apaixonar. Do Chile, que produz vinhos mais simples e planos, sugiro o Orzada e o El Padre Cabernet Franc; da Argentina, o excelente Escorihuela Gascon Cabernet Franc e o curioso vinho de boutique Durigutti Las Compuertas Cabernet Franc. Já do Brasil, os interessantíssimos Valmarino e o Viapiana Cabernet Franc (este um vinho de boutique). Da França, onde a casta tem seu berço, o Chinon La Baronnie Madelaine, além de um com corte Cabernet Franc e outras uvas, o Arrogant Frog. Excluindo os vinhos chilenos, que vão bem com pratos mais rústicos, pela sua simplicidade e por serem mais planos, os demais vinhos ficam melhores se refrescados a 16ºC e consumidos junto a lautas refeições. Salut!
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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