Jovem Pan
Publicidade

Toques doces e muita qualidade: conheça o mundo dos vinhos ‘demi-sec’

Taça de vinho Ryè Siciliano acompanhada de um panetone coberto com creme zabaione

O dulçor dos vinhos, especialmente dos brancos, se deve, fundamentalmente, ao açúcar residual, aquele que “sobra” ao final da fermentação. Entretanto, não é possível decretar que vinhos de mesa com dulçor são sinônimos de bebida sem qualidade — como há muito se diz no mercado nacional, ao referir-se a vinhos mais simples, de baixo custo. Na verdade, creio que o vinhateiro, ao produzir um vinho com dulçor, de forma a ser classificado como “demi-sec”, por exemplo, precisa de muita expertise. Os produtores alsacianos, alemães e muitos nacionais nos entregam bebidas com toques doces e de muita qualidade. O importante é o equilíbrio entre o doce e a acidez nos vinhos brancos.

Publicidade
Publicidade

Nos espumantes, a coisa segue mais simples porque a “perlage” (capacidade de borbulhar), de certa forma, limpa o palato, engana-o. Ademais, são espumantes que se consomem, normalmente,  com sobremesas ou finger-foods, de forma que o dulçor bem contrasta com certa gordura adocicada (pensem numa salada de abacate, por exemplo, ou num creme de papaia). Agora, é inegável que há grandes brancos de mesa, com altíssima qualidade e levemente doces. Egon-Muller, por exemplo, produz clássicos maravilhosos neste estilo; JJ Prum (outro produtor alemão) tem uma linha de vinhos “auslese”, com considerável teor de açúcar residual, que são incríveis. No Brasil os brancos de mesa que têm optado pela casta Moscatel entregam vinhos com toques doces e de boa qualidade. Terrassos, Aurora e Valduga Naturelle são bons exemplos. Cito dois bons espumantes nacionais de Moscatel “demi-sec”: o Casa Venturini Vivere e o Garibaldi Moscatel, que, destaco, vão muito bem com sobremesas mais cremosas, como um quindim ou um cheesecake. Salut!

Publicidade
Publicidade