Josias de Souza: Bolsonaro percebe que negacionismo custou mandato de Trump

Presidente da República nega que tenha chamado pandemia da Covid-19 de ‘gripezinha’

  • Por Jovem Pan
  • 27/11/2020 07h59
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Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Em março, presidente afirmou: "Não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar."

Jair Bolsonaro diz que nunca chamou Covid-19 de gripezinha, mas áudios e vídeos provam o contrário. Em março, presidente afirmou: “Não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar.” Quatro dias depois disse que, caso fosse contaminado, seria acometido por uma gripezinha por causa do histórico de atleta. O presidente Bolsonaro nunca levou a sério o coronavírus. É cômico esse seu esforço para negar que tratou a pandemia como gripezinha. A teoria da gripezinha foi formulada pelo presidente no instante que os mortos eram contados em mil. Quando os cadáveres somaram 5 mil, Bolsonaro queixou-se da histeria.”

“Quando lhe perguntaram sobre 10 mil corpos, ele disse que não era coveiro. Na marca de 20 mil sepulturas, o presidente perguntou: ‘E daí?’ Aos 30 mil mortos, declarou que todo mundo morre um dia. No recorde de 40 mil, fez um convite aos seus devotos: ‘Invadam hospitais e filmem leitos vazios’. Com 50 mil mortos, o presidente continuava assegurando que a hidroxicloroquina salva. Na ultrapassagem dos 100 mil cadáveres, declarou para tocarem a vida. Agora, com mais de 170 mil mortos, ele percebe que o negacionismo custou o mandato do seu ídolo Donald Trump e não fez sucesso nas urnas municipais brasileiras. Tenta se virar do avesso. Logo, logo, o presidente vai notar que é muito tarde para virar um ex-Bolsonaro”, completou Josias.

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