Em 2023/24, Brasil não terá safra recorde

Conab prevê produção 1% menor com 319,5 milhões de toneladas de grãos

  • Por Kellen Severo
  • 20/09/2023 11h00
Pixabay / RitaE A panela de pressão economiza tempo e dinheiro na preparação dos alimentos O arroz e feijão voltaram a ter alguma atratividade para agricultores, e a área para ambas as culturas vai crescer na temporada 23/24

A produção de grãos do Brasil deverá cair 1% na safra 2023/24, com colheita estimada em 319,5 milhões de toneladas. Isso significa mais de 3 milhões de toneladas que deixarão de ser produzidas. Foi o que revelou a primeira projeção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para esta safra que começa. O resultado é reflexo, principalmente, da redução de área e produção projetadas para o milho. Os preços do cereal não estão atrativos já que em vários casos não garantem rentabilidade e, assim, a produção total deverá recuar 9,1%, com cerca de 119 milhões de toneladas produzidas. Tanto a área plantada da safra verão (-5,4%) quanto a de inverno (-4,8%) vão recuar.

O destaque positivo será a soja, principal commodity agrícola do Brasil. Há expectativa de lucro e liquidez garantidos com a produção e o total produzido deverá ser o maior da história: 162,4 milhões de toneladas. O arroz e feijão voltaram a ter alguma atratividade para agricultores, e a área para ambas as culturas vai crescer na temporada 23/24. A produção do arroz pode subir mais de 10%, com 11,3 milhões produzidas com expectativas do El Niño favorecer a cultura. Já o feijão cresce em área (+1,9% para 2,7 milhões de hectares), mas não em produção (-2,9 milhões de toneladas na safra total) pelos riscos associados ao El Niño. Vale lembrar que a safra recorde de grãos em 2023 fez o agro puxar o PIB do Brasil. A ajuda que vem do campo é fundamental para que bons ventos soprem na nossa economia nesta nova temporada.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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