Exportações de milho e farelo de soja para China começarão já em 2022

Relaxamento de protocolos antecipou exportações de novos produtos agrícolas; fontes da Anec indicam que empresas precisam alinhar registros para efetivar embarques de milho, farelo de soja e polpa cítrica

  • Por Kellen Severo
  • 08/08/2022 10h00 - Atualizado em 08/08/2022 10h05
REUTERS/Daniel Acker/File Photo plantação de milho

Exportadores de grãos do Brasil estão se preparando para uma nova fase no comércio com a China. Na sexta-feira, o governo promoveu uma reunião em Brasília para apresentar os protocolos atualizados para embarques ao país asiático de novos produtos agrícolas como: milho, farelo de soja, proteína concetrada de soja e polpa cítrica. O relaxamento de algumas exigências fitossanitárias por parte da China antecipou a projeção de exportação de milho para 2022. No começo do ano, o governo esperava ter sinal verde para a operação apenas no ano que vem. Isso porque havia exigências mais rígidas para monitoramento de safra e controle de pragas. Como o procedimento não está sendo feito na atual temporada, a ideia era que os primeiros embarques ocorressem apenas em 2023. Fontes da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) indicaram que as empresas precisam alinhar alguns registros. “Foram apresentadas as versões finais dos protocolos para entidades representativas do setor. Os protocolos estão aprovados, mas ainda há algumas questões específicas que devem ser cumpridas, como o cadastro no ministério para os exportadores de milho e algumas adequações e controles implementados nos próprios carregamentos para que atendam aos requisitos, especialmente do milho, que era o mais esperado”, diz um membro da Anec.

Até dia 19 de agosto as empresas devem fazer o cadastro. Aqueles que já possuem o registro no CGC do Ministério da Agricultura deverão atualizar o registro inserindo o termo de compromisso fitossanitário. Deverá ser feita a supervisão do embarque do milho para a China. Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, a China está deixando o Brasil como uma alternativa estratégica em substituição a Ucrânia e Estados Unidos. “A China desobrigou o monitoramento desta safra, sendo obrigatório para 2023. O principal é que o milho esteja limpo, sem a presença de plantas daninhas. O milho deve estar isento”. A cada novo ano o Brasil amplia mercados e produtos para a pauta exportadora o que fortalece a posição do país como um importante e estratégico fornecedor global de alimentos.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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