Israel e Jihad Islâmica aceitam proposta do Egito e anunciam trégua em conflito em Gaza

Grupos se enfrentavam desde sexta-feira, 5, e mais de 40 palestinos foram mortos nos bombardeios; acordo inclui o compromisso de libertação dos prisioneiros Al Saadi e Awawdeh

  • Por Jovem Pan
  • 07/08/2022 16h29
ABBAS MOMANI / AFP tregua em israel Palestinos agitam a bandeira nacional de seu país enquanto marcham durante um comício em Ramallah durante um comício em Ramallah

Israel e Jihad Islâmica aceitaram a proposta do Egito e anunciaram neste domingo, 7, uma trégua nos confrontos sangrentos na Faixa de Gaza que deixaram pelo menos 41 palestinos mortos e acontecem desde sexta-feira, 5. O lado israelense foi o primeiro a aceitar a proposta e aguardava uma resposta da palestina, que veio no final da noite (horário local). “Foi concluído há pouco um acordo de trégua egípcio, que inclui o compromisso do Egito de agir em favor da libertação de dois prisioneiros, (Basem) Al Saadi e (Khalil) Awawdeh”, disse em um comunicado Mohamed Al Hindi, chefe do braço político da Jihad Islâmica. As negociações acontecem um dia depois de ambos os lados terem dito que os conflitos poderiam durar por mais uma semana, entretanto, essa proposta aceita hoje representa um raio de esperança para um acordo que acabe com a escalada de violência mais grave em Gaza desde a guerra de 11 dias em maio de 2021.

Israel bombardeava desde sexta-feira posições da Jihad Islâmica em Gaza, um território de 362 quilômetros quadrados onde vivem 2,3 milhões de pessoas e que está sob bloqueio israelense há mais de 15 anos. Em resposta, o grupo armado, apoiado pelo Irã e incluído na lista de organizações terroristas dos Estados Unidos e da União Europeia, disparou centenas de foguetes contra Israel. Neste domingo, o grupo lançou foguetes em direção a Jerusalém pela primeira vez desde o início da escalada da violência, mas os projéteis foram derrubados pelo exército. Israel alega que seus ataques começaram de forma “preventiva” diante de possíveis represálias após a detenção de um líder da Jihad Islâmica na Cisjordânia no início da semana.

*Com informações da AFP

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