Notícia falsa quase arranhou reputação da pecuária

Ministério da Agricultura desmentiu notícia que apontava caso de vaca louca no Brasil; agilidade dos governos fez toda a diferença na hora de barrar a propagação de uma inverdade

  • Por Kellen Severo
  • 12/10/2022 11h00 - Atualizado em 12/10/2022 11h03
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TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO CONTEÚDO Um grupo de bovinos em cima de uma grama Brasil é um dos mais importantes produtores de carne bovina no mundo e exporta cerca de 25% do que é produzido aqui para centenas de países

Nesta semana, o Ministério da Agricultura precisou desmentir uma notícia que apontava  um novo caso de vaca louca no Brasil. A reportagem relacionava casos de pacientes com doenças neurológicas na Bahia ao consumo de carne bovina contaminada, o que não é verdade. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia emitiu nota confirmando casos de DCJ, uma doença neurodegenerativa. O Ministério da Agricultura também esclareceu que não há associação entre o consumo de carne e à DCJ e ainda enfatizou que não há novo caso de vaca louca no Brasil. O caso da notícia falsa fez o preço do boi cair no boato e se recuperar, depois, no fato. Ou melhor, nos fatos de que a sanidade do rebanho brasileiro continua assegurada e de que não há relação de doenças neurológicas na Bahia com o consumo de carne.

O Brasil é um dos mais importantes produtores de carne bovina no mundo e exporta cerca de 25% do que é produzido aqui para centenas de países do mundo. O rigoroso padrão de qualidade é o que mantém a pecuária competitiva e segura para todos os consumidores. Não existe no Brasil o mal da vaca louca e isso garante vantagens competitivas ao nosso país no mercado global. No entanto, a divulgação de informações falsas, como o que aconteceu nesta semana, tem o poder de macular a reputação e gerar prejuízos enormes ao agronegócio e à economia do nosso país à medida que clientes desconfiados com a procedência de nossos produtos podem frear compras até conseguirem separar o fato do boato. Que bom que os governos agiram rapidamente para desmentir a notícia, seja via Ministério da Agricultura, seja via Secretaria da Saúde do governo da Bahia.  Isso fez toda a diferença na hora de barrar a propagação de uma inverdade. O agronegócio está entre os setores mais admirados pelos brasileiros, de acordo com pesquisa recente divulgada no Brasil. A comunicação transparente, a segurança do alimento e o alto padrão de qualidade aplicado na nossa cadeia são essenciais para que o agro vença a guerra da desinformação. A verdade factual e a integridade da apuração são essenciais para o sucesso do agro nas próximas batalhas que virão.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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