‘A oposição não quer saber de um perfil técnico’, diz Constantino após troca de ministros na Saúde

Declaração foi dada durante a participação do comentarista na edição do programa 3 em 1 desta terça-feira, 16

  • Por Jovem Pan
  • 16/03/2021 18h04 - Atualizado em 16/03/2021 18h29
Reprodução/ Facebook marcelo queiroga, novo ministro da saúde Queiroga foi anunciado pelo presidente para substituir Eduardo Pazuello

O cardiologista Marcelo Queiroga foi anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como novo ministro da Saúde. O anúncio foi feito pelo presidente na última segunda-feira, 16. O médico substituiu o atual ministro, Eduardo Pazuello, se tornando a quarta pessoa a chefiar a pasta durante a gestão de Bolsonaro e a pandemia de Covid-19. Considerado com um perfil técnico, Queiroga foi convidado depois que a cardiologista Ludhmila Hajjar negou o convite feito por Bolsonaro para que assumisse o ministério. A mudança acontece no momento em que o Brasil vive o pior momento da pandemia, tendo no momento mais de 11.594.204 casos e 281.626 mortos e assistindo o sistema de saúde colapsar por falta de leitos.

Ao falar sobre a mudança no ministério, o comentarista Rodrigo Constantino disse, durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, que a chegada de Queiroga não mudará as críticas que o Bolsonaro vem recebendo, uma vez que, segundo ele, a oposição não quer um ministro técnico, mas sim “alguém que siga as suas receitas”. “A oposição não quer saber, no fundo, de um perfil técnico, independente e nada disso. Quer alguém que siga as suas receitas e recomendações para lidar com a pandemia. Mas aí tem que esperar as urnas. Como disse o próprio ministro indicado: ‘quem define a política de governo é o presidente’. Ele é o técnico, é o maestro dessa orquestra, gostem ou não. Tem vários defeitos, podemos apontar, podemos fazer críticas construtivas, ou alguns podem fazer como o Ciro Gomes e a mídia, que querem derrubar o presidente e estão dispostos a tudo por isso”, disse Constantino. A menção ao ex-candidato à presidência pelo PDT foi feita durante o programa quando o comentarista afirmou que Ciro disse “aquilo que passa pela cabeça de todos” sobre o presidente: “Eu repudio muitas coisas no Ciro Gomes, mas, de vez em quando, ele pelo menos fala a verdade e comete o ‘sincericídio’. Ele disse esses dias exatamente aquilo que passa pela cabeça de todos: ‘Estamos tratando de liquidar Bolsonaro se não ele fica mais oito anos’. Tem aí uma confissão”.

Constantino disse ainda que os ataques contra Bolsonaro têm “outro intuito”, reafirmando que a troca de Pazuello por Queiroga não irá mudar essa realidade. “Ele é um quadro técnico, sem dúvidas. Mas eu não acho que o Pazuello devesse sair necessariamente. Eu já disse que ele era um alvo intermediário. O doutor Queiroga tem um quadro técnico e independente que preenche os requisitos. O Pazuello era atacado por não ser o especialista da área e tudo mais. Agora, de novo, vão continuar atacando o presidente porque estão com outro intuito em mente”, afirmou o comentarista. Além disso, Constantino disse que Bolsonaro “se livrou de uma boa” com a recusa da cardiologista Ludhmila Hajjar em assumir o comando da pasta, dizendo que sua indicação seria uma tentativa de “sabotagem interna”. “Alguém que canta ‘Amor I Love You’ para a presidenta Dilma, alguém que tem essas relações tão próximas com Rodrigo Maia e companhia e dá declarações e entrevistas como ela deu, dando a entender que é um cargo técnico e não teria como aceitar participar desse governo, sem dúvida alguma seria espécie de sabotagem interna. Resta saber quem tentou isso, parece que tinha ali a indicação do presidente da Câmara, Arthur Lira, e que o Centrão não gostou do novo nome porque é um nome que veio do próprio filho do presidente e tudo mais. Bom, se o Centrão está querendo impor esse tipo de nome, é bom o presidente ficar bem esperto”, concluiu o comentarista.

Confira a íntegra da edição do 3 em 1 desta terça-feira, 16:

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