‘Com saída de Ernesto, Bolsonaro apostou em mexida geral’, diz Marc Souza

Declaração foi dada pelo comentarista durante sua participação da edição do programa 3 em 1 desta segunda-feira, 29

  • Por Jovem Pan
  • 29/03/2021 18h11 - Atualizado em 29/03/2021 19h12
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Fátima Meira/Estadão Conteúdo Fernando Azevedo e Silva Ministro confirmou sua saída do comando da pasta nesta segunda-feira, 29

Em tarde movimentada em Brasília, os agora ex-ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e Fernando Azevedo e Silva, da Defesa, deixaram seus cargos. A troca foi confirmada nesta segunda-feira, 29, pelas próprias pastas. Ernesto, que vinha sendo alvo de pressão do Congresso por críticas à condução da sua política externa, pediu demissão do cargo. Já Azevedo confirmou sua saída horas depois através de nota, na qual não revelou o motivo. “Agradeço ao presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, e à oportunidade de ter servido ao país como ministro da Defesa. Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado”, disse no comunicado. Até o momento, não foram anunciados os nomes que irão substituir os ministros no comando das pastas.

Durante sua participação na edição desta segunda do programa 3 em 1, o comentarista Marc Sousa disse que, por conta de atritos entre o gabinete de Jair Bolsonaro (sem partido) e membros do Exército, “Azevedo já estava em baixa” e que isso teria motivado as demais mudanças. “Recentemente, o general Paulo Sérgio, que é responsável pela saúde do exército, deu uma entrevista a um jornal de Brasília dizendo que acredita na terceira onda e isso irritou muito o gabinete do presidente. O Presidente não acredita nessa tese de segunda, terceira onda, e, desde então, o Azevedo já vinha sendo questionado que não teria o controle do Exército, até porque outros generais estariam falando coisas que não são bem-vindas na visão do governo. O Azevedo já estava em baixa há algum tempo e, com a saída do Ernesto, o Bolsonaro apostou para dar uma mexida geral no governo e todas essas trocas devem se concretizar ainda hoje”, disse Marc.

O comentarista também falou sobre as consequências das saídas de Araújo e Azevedo para o governo, dizendo que irão acontecer novas movimentações. “Nos bastidores do Palácio, já é quase certo que o Braga Netto sai da Casa Civil e vai pro Ministério da Defesa. O General Ramos também pode sair da Secretaria de Governo e vai para a Casa Civil, o que vai deixar aberta a Secretaria de Governo, que é responsável pela articulação política do governo. O Centrão disputa o cargo, já se falou no líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros. Eu falei com o Ricardo Barros agora e ele negou, disse que não vai assumir esse cargo. Os outros cotados para esse cargo são Fábio Faria, que atualmente está na Secretaria de Comunicação, e também o Eduardo Gomes, líder do governo no Congresso”, disse Marc, que continuou, falando sobre a saída de José Levi da Advocacia-Geral da União (AGU): “O José Levi deixa a Advocacia Geral da União, não está certo quem vai assumir essa pasta. Com a saída do Azevedo, também vai ter mexida no Exército. A Cúpula do exército já dá como certa a saída do general Edson Pujol, que deve deixar o cargo com a saída do Azevedo”.

Confira a íntegra da edição do programa 3 em 1 desta segunda-feira, 29:

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