Bolsonaro quer barrar ativismo dos ministros do STF, analisa Torlay
Comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, analisaram falas do presidente sobre a importância da escolha de ministros para o Supremo
Em conversa com apoiadores realizada na manhã desta sexta-feira, 4, no Palácio do Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição no pleito deste ano, voltou a falar sobre as duas vagas que serão desocupadas no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023. O mandatário tem utilizado a recomposição da Corte como um de seus principais argumentos, inclusive, para atração de votos. A indicação dos nomes cabe à chefia do Executivo Federal. “Mais importante do que a eleição de presidente são duas vagas para o Supremo no ano que vem”, disse Bolsonaro. Em 2023, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber deverão deixar a Corte por terem atingido a idade-limite. Em seu governo, Bolsonaro já fez duas nomeações: Nunes Marques e André Mendonça.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta sexta, a comentarista Bruna Torlay analisou o discurso de Bolsonaro, dizendo que as falas são um aceno para sua base, que está descontente com o comportamento do Supremo nos últimos anos. Além disso, a comentarista pontuou que o presidente tenta barrar o ativismo da Corte indicando ministros contrários a esse comportamento, citando André Mendonça como exemplo. “Esse é o típico discurso para a sua base. São os conservadores que têm as maiores e mais bem fundamentadas críticas a esse movimento do qual o Barroso se orgulha tanto que é o tal do ‘neoconstitucionalismo’, que a gente chama de ativismo dos ministros do Supremo. É este tipo de coisa que o Bolsonaro se compromete a barrar indicando figuras como o André Mendonça, por exemplo, que pelo menos se coloca claramente contrário à essa postura. Nesse sentido é um discurso que afeta a base”, afirmou Torlay.
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