‘Comparação esdrúxula’, diz Constantino após Renan Calheiros citar julgamento de nazistas na CPI
Declaração foi feita pelo comentarista durante o programa 3 em 1 desta terça-feira, 25, no qual foi discutido o depoimento de Mayra Pinheiro à CPI da Covid-19
Em seu depoimento à CPI da Covid-19, a Secretária da Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, chegou com o direito de não falar sempre que fosse questionada sobre fatos que ocorreram entre os meses de dezembro de 2020 e janeiro de 2021. O habeas corpus que garantiu o direito à secretária foi concedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira, 21. O relator da CPI Renan Calheiros exibiu um áudio em que a secretária defende a imunidade de rebanho, o que gerou reação em Mayra. Ela também reiterou a defesa que sempre fez à cloroquina, mas disse nunca ter recebido ordens para defender a compra ou o uso do medicamento.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino criticou o discurso de abertura do relator Renan Calheiros (MDB-AL), que citou o julgamento de Nuremberg contra os nazistas entre 1945 e 1946, afirmando que a comparação era “típica de um vagabundo”. “Por falar nessa figura deplorável que a imprensa esqueceu quem é, ele (Calheiros) abriu hoje no ápice da canalhice, mencionando o julgamento de Nuremberg contra nazistas. Gerou uma polêmica desnecessária e ofendeu totalmente não só o povo judeu como todo mundo de bom senso. É uma comparação esdrúxula típica de um vagabundo. É uma coisa inaceitável esse circo que nós pagamos.”
Em seguida, o comentarista disse que os opositores tentam demonizar o presidente Jair Bolsonaro e que o depoimento de Mayra mostrou que “tinha muita gente séria” trabalhando para conter o avanço da pandemia. “Mais um dia lamentável para o nosso Congresso e para o nosso Senado. O que fica claro com cada depoimento desses é que tinha muita gente séria, com divergências de opinião e aprendizado constante durante a evolução do conhecimento acerca de um vírus novo, tentando acertar. Inclusive escutando e seguindo a ciência, porque o processo científico não tem nada a ver com que alguns pensam que se trata a ciência. Do outro lado, temos opositores do presidente Bolsonaro que criaram um palanque, um circo para tentar demonizar o presidente e demonizar um remédio. Esse depoimento foi muito esclarecedor para expor de vez isso”, disse Constantino.
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