Constantino aponta ‘hipocrisia’ de quem defendeu lockdown e quer Carnaval: ‘Como que fica discurso lá atrás?’
Durante a edição desta quarta-feira, 24, do programa 3 em 1, da Jovem Pan, os comentaristas analisaram anúncios relacionados à pandemia e à realização do carnaval em 2022
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta quarta-feira, 24, durante coletiva de imprensa, que o uso de máscaras em ambientes abertos será flexibilizado no Estado a partir do dia 11 de dezembro. O uso do equipamento continuará a ser obrigatório em locais fechados e em áreas destinadas a transporte público. Para a decisão, o Comitê Científico considerou a queda sustentável no número de novos casos de Covid-19 em São Paulo e a diminuição das taxas de internação e óbitos pela doença nas últimas semanas, além do avanço da vacinação no Estado, que já tem 74,5% da população com as duas doses. Anteriormente, o Comitê Científico havia determinado que a flexibilização aconteceria quando o número de internações fosse inferior a 300 e a média móvel de casos estivesse abaixo de 1.100 e a de óbitos, menor que 50. No momento, nenhum indicador atingiu a meta traçada pelo governo. O coordenador do Comitê Científico de São Paulo, Paulo Menezes, afirmou que, apesar da flexibilização no uso de máscaras que foi anunciada nesta quarta ainda é cedo para pensar na realização de um evento na magnitude do Carnaval no Estado em fevereiro de 2022.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino analisou a decisão do governador João Doria de flexibilizar o uso de máscaras e os posicionamentos das cidades sobre o carnaval, apontando a “hipocrisia” das autoridades que defenderam o lockdown e agora querem realizar o carnaval. “Prefeitos e governadores devem enfrentar dilemas. A economia é importante. Agora, como é que fica para quem fez discurso populista lá atrás? Ai sim concordo com meus colegas em apontar a hipocrisia. Tem até uma brincadeira circulando: Se o presidente Bolsonaro defender que vá ter carnaval, a gente sabe que não vai ter, o Supremo não deixa, e se o presidente falar que não é pra ter ai vai ter. É um negócio tão politizado e tão absurdo que virou quase patético enquanto tem pouca gente preocupada de fato em encarar com humildade que existem dilemas aqui”, analisou Constantino.
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