Constantino classifica discurso de Fux como ‘lamentável’ e diz que ministro não o representa
Comentarista do programa 3 em 1 criticou tom do discurso feito pelo ministro na abertura da sessão do Supremo Tribunal Federal desta quarta-feira, 8
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, comentou nesta quarta-feira, 8, o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro nas manifestações do dia 7 de setembro. O magistrado afirmou que ninguém fechará a Corte e que desrespeitar decisões judiciais configura crime de responsabilidade. “O STF não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo a decisões judiciais ocorre por iniciativa do chefe de qualquer um dos Poderes, essa atitude, além de representar um atentado à democracia, configura crime de responsabilidade a ser analisado pelo Congresso Nacional”, declarou Fux no início da sessão desta quarta. “Ninguém fechará essa Corte. Nós a manteremos de pé com suor, perseverança e coragem”, completou. O presidente do STF afirmou que a Corte “jamais se negou e jamais se negará ao aprimoramento institucional”, mas ressaltou que críticas institucionais “não podem se confundir com narrativas de descredibilização do STF e de seus membros, tal como vem sendo gravemente difundidas pelo chefe da nação”.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino falou sobre a fala de Fux a respeito dos atos de 7 de setembro, classificando seu discurso como ‘lamentável’ e dizendo não ser representado pelo ministro. “A fala toda do presidente do Supremo Tribunal Federal é lamentável. Ele só é tratado como um grande estadista por uma mídia corrompida em uma republiqueta de bananas. Sejamos bem diretos. Ele cita o espantalho, que é uma tática velha da esquerda. Enche a voz, estava nervoso e quase trêmulo. ‘Ninguém vai fechar o STF’. Alguém pediu isso? A gente viu milhões de pessoas na rua e estava todo mundo pedindo liberdade e respeito à Constituição. Eu não vi as pessoas pedindo o fechamento do STF, nem o presidente Bolsonaro”, diz Constantino, que continua: “Quem é o Fux para definir a prioridade do Brasil? Ele não tem cargo eletivo, nem no legislativo nem no executivo. O Fux não me representa. Tenho certeza que eu falando isso falo em nome de milhões de brasileiros. Fux não me representa, ele representa um Poder que deveria ser o guardião da nossa Constituição, e que vem rasgando essa mesma Constituição com enorme frequência”.
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