Constantino: ‘Corrida biológica de hoje substitui a corrida espacial’
Comentaristas do 3 em 1, da Jovem Pan, avaliaram o anúncio da primeira vacina contra a Covid-19 registrada na Rússia nesta terça-feira (11)
Após a governo russo anunciar nesta terça-feira (11) que o país tornou-se o primeiro do mundo a registrar uma vacina contra a Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus, surgiram desconfianças entre a comunidade científica acerca da eficácia do imunizante que não passou por todas as fases de testes . Para o comentarista Rodrigo Constantino, do programa 3 em 1, da Jovem Pan, a Rússia criou “uma corrida biológica” em torno do tema.
“A corrida biológica de hoje substitui a corrida aeroespacial da época da Guerra Fria. Não é fortuito o nome de Sputnik V para essa vacina e o Putin se vangloriar de ser o primeiro país a ter a vacina. Sendo que é uma vacina não testada, não testada em fase final, a fase 3 que tem experimentos com humanos ainda não foi finalizada, não há nenhuma novidade nisso tanto na história de Putin, como na da Rússia”, comentou.
Para Josias de Souza, o nome dado ao imunizante russo “é sintomático”. “A escolha do nome já é sintomática, uma alusão ao satélite que os russos lançaram em 1957 quando a então União Soviética largou na frente na corrida ao espaço. É como se Putin enxergasse na vacina uma oportunidade para reviver as ilusões do passado. A Rússia participa dessa corrida percorrendo atalhos que não constam numa rota científica muito bem elaborada para assegurar a eficácia da vacina”, disse. Já Thaís Oyama avalia que o anúncio da Rússia e a eficácia da vacina sob suspeita “mostram pra gente que governos autoritários não lidam bem com a transparência nem com a ciência” e que o anúncio acontece em um momento em que “a popularidade de Putin vai muito mal e a econmia russa também”.
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