Constantino: Custo da vinda de Ciro Nogueira ao governo é grande e benefício é uma incógnita

Senador do Centrão confirmou ida à Casa Civil nesta quarta-feira, 27, o que pode significar avanço na agenda de reformas

  • Por Jovem Pan
  • 27/07/2021 18h13 - Atualizado em 27/07/2021 19h07
Ciro Nogueira/Twitter/27.07.2021 ciro nogueira junto a arthur Lira, Bolsonaro e ministros Ciro Nogueira publicou foto com ministros de Bolsonaro nas redes

O senador Ciro Nogueira informou na manhã desta segunda-feira, 27, que aceitou o cargo oferecido pelo presidente Jair Bolsonaro e será o novo ministro da Casa Civil. Em uma publicação nas redes sociais, ele classificou o convite como “honroso”. “Peço a proteção de Deus para cumprir este desafio da melhor forma que eu puder, com empenho e dedicação em busca do equilíbrio e dos avanços de que nosso país necessita”, afirmou. Em seguida, o general Luiz Eduardo Ramos, que ocupava o cargo entregue ao senador, deu as boas vindas a Nogueira. “Desejo muito sucesso na Casa Civil. Agradeço aos servidores que estiveram comigo nessa jornada e sigo em nova missão determinada pelo Presidente da República na Secretaria-geral”, afirmou. Nogueira chega ao governo na pasta responsável pela organização dos ministérios e pela articulação política. Ele assume com o objetivo de melhorar a relação do Planalto com o Judiciário.

O comentarista do programa “3 em 1”, da Jovem Pan, Rodrigo Constantino, afirmou que o “custo de imagem” de trazer Nogueira para a pasta da Casa Civil é indiscutível. “O benefício é uma incógnita. Deveria ser, obviamente, acelerar a agenda de reformas”, disse. Ele lembrou que somente os envolvidos sabem o que abarca o acordo de indicação do senador ao cargo, mas ressaltou que a população espera uma agenda em prol do país, não apenas da manutenção do presidente no cargo. “Espera-se que seja entregar bastante dessa agenda reformista virtuosa, porque o custo está dado, e ele não é pequeno”, opinou. Constantino afirmou que considera o sistema atual que temos como “ingovernável”. “O presidente tentou fazer diferente: bancadas temáticas, ministérios mais técnicos e blindados. Isso foi uma ilusão. Ia governar com pressão de rua o tempo todo. Isso é uma ilusão, uma doce ilusão. A realidade se impõe, ainda mais quando ele está desgastado, atacado, massacrado e com vários pedidos de impeachment, ele é mais refém ainda disso”, continuou, citando novamente uma blindagem para garantir uma melhor governabilidade de Bolsonaro.

Confira o programa “3 em 1” desta terça-feira, 27, na íntegra:

 

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