Constantino diz que CPI da Covid-19 é ‘tentativa de desgastar o governo Bolsonaro numa narrativa de omissão’

Declaração foi dada pelo comentarista durante sua participação na edição desta sexta-feira, 9, do programa 3 em 1, da Jovem Pan

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2021 18h04 - Atualizado em 09/04/2021 18h28
Rosinei Coutinho/SCO/STF Luís Roberto Barroso Barroso foi criticado pelo presidente Jair Bolsonaro após decisão monocrática

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou nesta sexta-feira, 9, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela determinação da instalação da CPI da Covid-19 no Senado. Em discurso a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro afirmou que a ação foi articulada pela oposição e pelo magistrado para desgastar seu governo. “Sobre a decisão do Barroso de ontem, monocraticamente, mandando, determinando que o Senado Federal instale a CPI da Covid contra o presidente Jair Bolsonaro. Exatamente isso. E não é para apurar desvio de recursos de governadores, é para apurar, segundo está na ementa do pedido de CPI omissões do governo federal. Ou seja, uma jogadinha casada: Barroso, bancada de esquerda do Senado para desgastar o governo”, disse o presidente, que questionou se Barroso teria “um pingo de moral” para mandar o Congresso instalar processos de impeachment contra seus colegas do STF, alegando que existem representações tramitando no Legislativo.

Durante sua participação na edição desta terça do programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino disse que a instalação da CPI é uma tentativa de desgastar a imagem de Bolsonaro com uma “narrativa de omissão” e criticou os ministros do STF, dizendo que alguns acreditam no “ativismo judicial”. “Isso é ‘politicalha’, isso é tentativa de desgastar o governo Bolsonaro numa narrativa de omissão. O senador Eduardo Girão tenta assinaturas, e faltam 10, para uma CPI pelo menos mais abrangente, que envolva Estados e municípios. Isso seria o mínimo se alguém quisesse falar sério sobre ‘Covidão’ e não é isso que esse pessoal quer. Não quer falar sério”, afirmou Constantino, que continuou: “Esses ministros são ativistas e alguns confessos. Eles podem não gostar do rótulo, mas eles acreditam totalmente no ativismo judicial e não na função precípua de fazer valer a Constituição, como diz a nota hipócrita lançada por eles, totalmente um escárnio, no dia seguinte em que eles rasgaram a Constituição nos votos sobre a questão do fechamento de igrejas. […] ‘A gente só toma decisões baseadas na Constituição’. É uma piada de mau gosto”, continuou.

Em sequência, o comentarista citou outros casos em que, na sua visão, a Constituição não foi seguida, mencionando os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT): “Esse Supremo, essa configuração, adora rasgar a Constituição. Fizeram isso para preservar direitos políticos da Dilma após sofrer o impeachment, tá aqui no 52º ‘com inabilitação por oito anos para o exercício de função pública’. Ignoraram isso, apagaram essa linha e a Dilma pode exercer função pública, só não conseguiu porque o eleitor não quis, mas eles permitiram”, disse Constantino. Por fim, o comentarista afirmou que, mesmo com a derrota nas urnas, a esquerda quer governar com os “companheiros supremos” e que a Corte utiliza a Constituição apenas “quando interessa”. “Pior do que não ter uma Constituição é fingir que tem uma e usá-la quando interessa e depois jogar no lixo quando é do seu interesse. Isso cria um verniz de legalidade onde só há o mais puro arbítrio, e é exatamente isso que estamos vendo. A esquerda que perdeu nas urnas querendo governar por meio de seus companheiros supremos”, concluiu.

Confira a íntegra da edição do programa 3 em 1 desta sexta-feira, 9:

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