Constantino questiona fala de Moro após anulação de condenações de Lula: ‘Em quem ele se transformou?’

Declaração foi dada pelo comentarista durante sua participação na edição desta sexta-feira, 12, do programa 3 em 1, da Jovem Pan

  • Por Jovem Pan
  • 12/03/2021 18h11 - Atualizado em 12/03/2021 18h29
Gabriela Biló/Estadão Conteúdo sergio moro, homem branco de cabelos pretos Sergio Moro prestou solidariedade a Fachin e disse que discordâncias sobre a decisão deviam ser 'alvo de recurso'

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu da decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações do ex-presidente Lula na Justiça Federal do Paraná em investigações da Lava-Jato. A decisão do magistrado foi anunciada na última segunda-feira, 8. A PGR solicitou que os processos permaneçam na Justiça paranaense e que as condenações do petista sejam mantidas. Isso deve fazer com que o caso vá ao plenário do Supremo, o que ainda não tem data para acontecer, sendo que cabe ao ministro Fachin, relator dos casos, liberar o processo para análise. A decisão do magistrado dividiu a população e fez com que Fachin recebesse ameaças por conta das anulações. Ao comentar sobre o assunto pela primeira vez, o ex-juiz Sergio Moro, responsável por condenar Lula, prestou solidariedade a Fachin e disse que discordâncias sobre a decisão deviam ser “alvo de recurso e não de perseguição”.

Durante sua participação no programa “3 em 1“, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino criticou o posicionamento de Moro, questionando “em quem” o ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro havia se transformado. “Para alguém que estava tão preocupado com a sua biografia, é quase incompreensível o que vem fazendo o ex-juiz Sergio Moro até aqui. Ele estava em silêncio. Um silêncio ensurdecedor. Ele rompe o silêncio dele para falar desse assunto e para vir em defesa do ministro Edson Fachin, que em uma canetada tornou o Lula elegível fazendo algo incompreensível do ponto de vista jurídico”, afirmou o comentarista, que continuou: “Quem Sergio Moro virou? Em quem que ele se transformou? É uma coisa realmente impressionante”.

Em seguida, Constantino também comentou as declarações do ministro Gilmar Mendes, dizendo que elas se assemelhavam ao posicionamento de Moro. “Eu quero ler um trecho da mensagem do ministro Gilmar Mendes sobre esse assunto hoje também. ‘Toda solidariedade ao ministro Fachin e família. Decisões judiciais podem ser recorridas ou criticadas mas nunca por meio do discurso de ódio ou da pressão autoritária’. Não sei se ele está querendo dizer que a manifestação na rua é algum tipo de pressão autoritária. E ele conclui com isso: ‘Ameaças e perseguições não impedirão o STF de continuar a proteger os direitos fundamentais e a Constituição de 88’. Quer dizer, é um escárnio e é uma mensagem quase indistinguível daquela do  ex-ministro Moro”, afirmou Constantino, que voltou a criticar a figura de Moro. “Olha que personagem que Sergio Moro se tornou. Talvez seja medo de ser preso, não sei, mas é uma coisa um tanto esquisita”.

Confira a íntegra da edição do 3 em 1 desta sexta-feira, 12:

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