‘É tudo absurdamente escancarado’, diz Constantino sobre julgamento de condenações de Lula
Declaração foi dada pelo comentarista durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quinta-feira, 15
O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou na tarde desta quinta-feira, 15, o julgamento sobre a anulação das condenações do ex-presidente Lula no âmbito da Operação Lava-Jato. O ministro Edson Fachin votou pela manutenção de sua decisão que enviou os processos da operação contra o petista de Curitiba para Brasília. Na prática, a ação resultou na anulação das duas sentenças contra Lula, as quais o enquadravam na lei da Ficha Limpa. Com isso, no momento, Lula está liberado para disputar eleições novamente. Caso a maioria do plenário do Supremo decida contra a liminar de Fachin, três dos quatro processos do ex-presidente voltam à situação anterior, sendo um deles o do sítio em Atibaia, que já teve a condenação confirmada na segunda instância. Com isso, Lula voltaria a ser ficha suja, sendo impedido de se candidatar em eleições.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quinta, o comentarista Rodrigo Constantino disse que encontraram um “filigrana” para tirar a competência do caso da 13ª Vara, encaminhar os processos para Brasília e viabilizar a elegibilidade de Lula. “O Lula já está em campanha, inclusive alegando que foi considerado inocente, que está lutando pela Justiça e que quem cometeu crime, quem roubou, que seja preso, em um grau de cinismo que beira a psicopatia. É fake news. Ele não foi considerado inocente em momento algum. É uma filigrana que encontraram ali para dizer que a competência não era da 13ª Vara, joga para Brasília para poder prescrever ou atrasar e dar tempo dele sair candidato. É tudo absurdamente escancarado”, afirmou Constantino.
Em seguida, o comentarista comentou a decisão que considerou o ex-juiz Sergio Moro, responsável pela aplicação das sentenças nos casos da Lava-Jato, suspeito, e afirmando que a questão da prisão em segunda instância voltou ao Supremo em um caso “sob medida para o Lula. “Consideraram o Moro suspeito. Quem considerou o Moro suspeito? Um ex-advogado do PT, o amigo da família do Lula, o outro que chama a Lava Jato de quadrilha e por ai vai. Aboliram a questão da segunda instância, que agora vai retomar a PEC da segunda instância do deputado Alex Manente, depois de um ano parada. Mas, numa nova interpretação do Supremo, exatamente num caso sob medida para o Lula, reavaliaram de novo a história da segunda instância, revertendo a jurisprudência anterior para poder culminar na soltura do Lula. Agora com essa decisão, a elegibilidade”, afirmou Constantino, que concluiu: “Tudo isso é muito orquestrado e mostra que não é fácil brincar com esse sistema”.
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