Esquerda ignora ‘meu corpo, meus direitos’ na hora de falar sobre vacina chinesa, diz Constantino
Comentarista do programa 3 em 1 falou sobre polêmica envolvendo vacina chinesa após Jair Bolsonaro negar informação dada pelo ministro da Saúde sobre compra da Coronavac
Poucas horas após o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sinalizar a intenção de compra de 46 milhões de doses da Coronavac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan com tecnologia chinesa, o presidente Jair Bolsonaro negou a informação e o ministério “voltou atrás” com o anunciado. “Toda e qualquer vacina está descartada”, disse Bolsonaro, após afirmar o mesmo em um comentário nas redes sociais. O recuo foi tema de debate dos comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quarta-feira, 21. Para o comentarista Rodrigo Constantino, Bolsonaro foi “irretocável” ao afirmar que “o povo não vai ser cobaia de ninguém”. “Quem está politizando, assim como no caso da cloroquina, mais uma vez, é o lado de lá”, afirmou, se referindo aos que não apoiam o governo Bolsonaro. “Falar ‘meu corpo, meus direitos’, para a esquerda só vale quando é para matar bebê em gestação ou consumir drogas ilícitas. Quando é para botar a vacina chinesa para dentro com testes às pressas dane-se o direito do corpo”, afirmou. Ele pontuou, ainda, que a China deve ser o único país a crescer em 2020 após distribuir ventiladores e máscaras para o resto do mundo.
Thaís Oyama chamou atenção do comentarista considerando a relação entre o desenvolvimento da China e a suposta criação do vírus que causou a pandemia como uma “teoria da conspiração”. Ela lembrou, ainda, que os testes não são feitos “às pressas” no país. “A tecnologia que a China está usando é a do vírus inativo, que é uma coisa muito antiga, a mais tradicional das tecnologias. A mesma que baseia a vacina da gripe, a mesma que baseia a vacina da raiva, que estão testadas e aprovadas há décadas”, afirmou. Ela lembrou, ainda, que a data prevista para implementação da vacina inglesa desenvolvida em Oxford é o mês de abril, uma diferença considerada pequena em relação à data da Coronavac, que é o mês de janeiro de 2021. Para Josias de Souza, Bolsonaro foi incoerente ao fazer um pronunciamento voltando atrás em uma decisão na qual ele opinou anteriormente. “Ele desautorizou algo que ele havia autorizado previamente. O Pazuello é um general. Ele não se move sem combinar movimentos com o comandante chefe das forças armadas, que é o presidente, que é Bolsonaro”, disse. O comentarista relacionou a “meia volta” de Bolsonaro com a reação de “devotos radicais” nas redes sociais. “O presidente foi dormir em paz. Horas depois, na manhã da quarta-feira, depois de visitar ali o habitat natural dele, a internet, o Bolsonaro se tornou belicoso”, lembrou.
Assista o 3 em 1 desta quarta-feira, 21, na íntegra:
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.