Flávio Bolsonaro chama relatório da CPI de ‘peça de ficção’ e reclama de perseguição a conservadores

Em entrevista exclusiva ao 3 em 1, o senador criticou comportamento de Renan Calheiros no colegiado e mostrou preocupação com possível perseguição das redes sociais a aliados de Jair Bolsonaro

  • Por Jovem Pan
  • 15/10/2021 18h03
Jovem Pan/3 em 1 Flávio Bolsonaro Senador falou sobre a CPI da Covid-19 e a indicação de André Mendonça para o STF

Em entrevista exclusiva ao programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta sexta-feira, 15, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), comentou o relatório da CPI da Covid-19, elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), dizendo que o documento é uma “uma ‘peça de ficção” e afirmando que o legado da CPI é muito ruim, citando a conduta de Calheiros com os depoentes. “Esse relatório dele (Renan Calheiros) é uma alucinação. É algo sem pé nem cabeça, com muitas fragilidades. O presidente da República sequer pode ser investigado em uma CPI, como que ele vai propor o indiciamento? Isso você vê que é uma peça de ficção, de fantasia. A forma como o Renan Calheiros tratava os depoentes durante as sessões, tratando mal advogados, desrespeitando os depoentes e humilhando mulheres. O legado é muito ruim. E acima de tudo, esse relatório é um grande desrespeito com as 600 mil mortes que tivemos aqui no Brasil por causa da Covid, porque todos estavam esperando algo de útil do relatório como esse”, afirmou Flávio .

O senador mostrou preocupação com o que chama de “cerceamento da liberdade de expressão” a perfis conservadores em redes sociais. Para ele, empresas como Facebook e Google não dá tratamento equivalente entre esquerda e direita. “Eu converso muito com os parlamentares daqui e o sentimento é muito preocupante. Acusam tanto o regime militar de promovido esse tipo de coisa obscura. O que acontece agora quando um parlamentar fica preocupado de subir numa tribuna e defender aquilo que ele acredita porque não sabe quais vão ser as consequências vindas do Judiciário, isso é muito preocupante. Isso sim é um atentado antidemocrático. O medo de falar o que pensa porque não sabe se a Constituição vai ser respeitada no caso dele. É obvio que a gente vê uma perseguição clara a perfis que são conservadores”, disse o filho 01 de Bolsonaro.

Além disso, Flávio também falou sobre as articulações políticas envolvendo o agendamento da sabatina de André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga de Marco Aurélio Mello, que deixou a Corte no meio deste ano. Desde que a indicação foi feita, o processo está paralisado nas mãos do senador Davi Alcolumbre (MDB-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Questionado pela comentarista Bruna Torlay, Flávio afirmou que não enxerga chantagem no comportamento de Alcolumbre e defendeu o diálogo entre o senador e o presidente. “Nesse tipo de situação não tem nada para se negociar. É uma preocupação natural de parte dos senadores de tentar compreender como o indicado do presidente trataria os políticos. […] Há uma percepção por parte de alguns senadores em relação ao André Mendonça de que ele teria esse olhar preconceituoso contra a política e eu tenho certeza que ele vai conseguir contornar isso se ele tiver a oportunidade de expressar aos senadores o que ele pensa. Não há nenhuma chantagem com relação a isso.”

Confira o programa desta sexta-feira, 15:

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