Jorge Serrão: ‘Passaporte sanitário será teste político para Jair Bolsonaro’
Declaração foi dada pelo comentarista durante sua participação no programa 3 em 1 desta terça-feira, 15, que debateu o projeto de lei
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) informou que vetará integralmente a proposta de passaporte sanitário no Brasil caso o projeto seja aprovado no Congresso Nacional. A proposta permitirá que os Estados, o Distrito Federal e municípios utilizem dados do passaporte para suspender ou abrandar as medidas de restrição de locomoção de pessoas vacinadas. O projeto foi aprovado no Senado por 72 votos a favor e nenhum voto contrário na última quinta-feira, 10, e agora segue para a análise da Câmara dos Deputados. Depois de manifestar que é contrária ao veto do presidente, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, foi criticada por apoiadores do Bolsonaro.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta terça-feira, 15, o comentarista Jorge Serrão falou sobre o tema e disse que o veto do presidente servirá para como um teste para Bolsonaro e dirá se ele poderá governar pelo resto de seu mandato em paz. “O presidente Bolsonaro vai vetar a medida. Esse dai será o grande teste para Bolsonaro no confronto político com o Congresso Nacional, porque a tendência é que Bolsonaro passe a caneta, não tope a medida, mas ela pode ser derrubada politicamente pelos parlamentares. É ai que vamos saber se o presidente tem base aliada de verdade e se vai poder continuar o resto de mandato dele, um ano e meio que ainda falta, de maneira tranquila, ou se a pancada vai comer até a eleição”, afirmou Serrão.
Além disso, Serrão também considera que o passaporte não é uma ideia nacional e que o verdadeiro objetivo é criar um instrumento de controle para quem se vacinou, citando os interesses da indústria farmacêutica. “Inicialmente a gente tem a visão propagada de que ele vai ser importante porque vai ter a informação exata sobre quem tomou vacina ou não e que isso vai ajudar na gestão da política pública. […] Só que essa ideia do passaporte é mais uma das imposições transacionais ao país. A ideia não é daqui, vem de fora, e o objeto desse passaporte é criar um instrumento de controle mundial para saber quem tomou vacina ou não, porque a vacina não é um remédio que vai curar você, é um negócio que envolve trilhões de dólares. O interesse da indústria farmacêutica transnacional é de que 7,2 bilhões de habitantes do mundo tomem vacina”, concluiu.
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