‘Mudança de tom de Bolsonaro não reflete normalidade institucional’, analisa Constantino
Comentaristas do programa 3 em 1 falaram sobre a entrevista do presidente na qual ele afirmou que não existe chance de um golpe no Brasil
Na edição divulgada nesta sexta-feira, 24, pela revista Veja, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) assumiu que extrapolou durante os discursos das manifestações do 7 de setembro e que muitos de seus apoiadores esperavam que ele ‘chutasse o pau da barraca’. Bolsonaro também afirmou que não há chances de desrespeitar os resultados das eleições de 2022. Segundo o chefe do Executivo, a probabilidade de um golpe é zero no Brasil, mas completou: “De lá para cá, a gente vê que sempre existe essa possibilidade”, referindo-se à oposição. Ainda falando sobre o pleito, Bolsonaro disse que pretende disputar a eleição, mesmo com as pesquisas mostrando poucas chances dele sair vitorioso.
Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, o comentarista Rodrigo Constantino afirmou que o presidente mudou de tom, mas manteve sua essência e segue jogando “dentro das quatro linhas da Constituição”. “O presidente continua na mudança de tom, não de essência. Este é o presidente que tem jogado dentro das quatro linhas da Constituição. O que ele fez no 7 de setembro foi subir o tom e ameaçar que poderia chegar em algum momento que, para reagir ao arbítrio e a ruptura promovidas pelo de lá, ele subiu o tom contra isso. Mas ele continua seguindo dentro das linhas do jogo”, disse Constantino. Entretanto, o comentarista fez um alerta de que a alteração da postura do presidente não reflete na normalidade institucional do país. “Não podemos acreditar que, por conta da mudança de tom, há uma normalidade institucional no país. Essa não é uma realidade e não é por culpa do presidente”, concluiu.
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