‘Muitas narrativas foram por água abaixo’, diz Constantino após depoimento de Pazuello na CPI

Declaração foi feita pelo comentarista durante o programa 3 em 1 desta quarta-feira, 19, que repercutiu o depoimento do ex-ministro da Saúde

  • Por Jovem Pan
  • 19/05/2021 18h03 - Atualizado em 19/05/2021 19h14
José Dias/PR Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello Ex-ministro passou mal e a sessão foi interrompida

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, depôs à CPI da Covid-19 nesta quarta-feira, 19. Durante a sessão, ele se isentou de responsabilidade pela falta de oxigênio em Manaus, capital do Amazonas, no começo do ano, e declarou não ter conhecimento de mal uso da verba federal destinada a Estados e municípios. Quando o assunto da CPI foi para as negociações do governo com a Pfizer, houve confusão entre Pazuello e senadores. No fim da tarde, o ex-ministro foi socorrido pelo senador Otto Alencar (PSD-BA). De acordo com o parlamentar, o general do Exército teve uma “síndrome do vasovagal”, ou seja, uma perda transitória de consciência causada pela diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos. A sessão foi encerrada, e o depoimento será retomado amanhã, às 9h30. Na saída do Senado, porém, Pazuello negou aos jornalistas que tenha passado mal. “Não houve nada disso”, afirmou.

Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, desta quarta-feira, 19, o comentarista Rodrigo Constantino disse que o depoimento do ex-ministro fez com que muitas narrativas da oposição fossem por água abaixo. “Dia difícil para quem vive só de narrativas. A primeira grande narrativa que foi derrubada pela mídia militante foi a de que o ex-ministro Pazuello tinha recorrido à Justiça para ter um habeas corpus preventivo porque era um covarde e ficaria calado. Ele respondeu todas as perguntas e depois a militância começou a achar que ele falava demais. Pediram para ele ser mais conciso, responder ‘sim’ ou ‘não’, enquanto as perguntas eram carregadas de premissas falsas e narrativas, com ele tentando contextualizar e dando respostas abrangentes. Isso parece que incomodou muito aqueles que estão preocupados em palanque”, afirmou Constantino, que continuou: “Muitas narrativas foram por água abaixo hoje”.

O comentarista também falou sobre como a oposição considerava o depoimento de Pazuello como o “Dia D” da CPI, mas que a oitiva teve o efeito oposto ao esperado. “Quero lembrar que hoje era o ‘Dia D’ para eles, estavam repletos de expectativas, de esperança de que esse depoimento fosse detonar de vez o presidente Bolsonaro e o governo em relação às supostas omissões na pandemia. O que vimos foi o contrário. Foi que o dia de hoje enterrou de vez as falsas teses e a tentativa furada da oposição”, disse Constantino, que também afirmou que o ex-ministro provou que a pasta trabalhou muito. “Mostrou que o ministério vem trabalhando muito, que tinha tratativas com a Pfizer, entre outros laboratórios, há muito tempo, e que as conversas nunca foram interrompidas, mas tem gente que não sabe como isso é complicado, até chegar o memorando de entendimento, ainda mais se tratando de saúde, de uma vacina com tecnologia nova, com condições muito peculiares de logística e armazenamento, sem aprovação, sem nada. É óbvio que essa grande tese dessa CPI circense, que era a grande expectativa dessa oposição foi enterrada de vez hoje”, concluiu.

Confira a íntegra da edição do programa 3 em 1 desta quarta-feira, 19:

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