‘Nenhum dado que vem da China é confiável’, diz Constantino sobre estudo da Coronavac

Resultados de estudo chinês sobre a eficácia da vacina contra a Covid-19 foi tema de debate entre os comentaristas do 3 em 1

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2020 18h46
EFE/Andre Borges Coronavac é a vacina contra Covid-19desenvolvida pelo Instituto Butantan com tecnologia chinesa Coronavac teve resultado positivo em 94,7% dos voluntários, segundo estudo chinês

Nesta quarta-feira (23) o governo do Estado de São Paulo anunciou os resultados de um estudo chinês sobre a Coronavac, vacina desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Segundo os dados, 94,7% dos mais de 50 mil voluntários não apresentaram nenhum sintoma adverso em relação à vacina. Os comentaristas do programa 3 em 1, da Jovem Pan, analisaram esses resultados. Para Rodrigo Constantino, é necessário ter um pé atrás com o que vem da China. “A preocupação com a origem da vacina chinesa não tem nada a ver com xenofobia, e sim com o fato de que o país está há anos sob o comando de um estado único, de uma ditadura opaca sem qualquer transparência e cuja postura produziu essa pandemia. A primeira questão que surge é: os dados dessa pesquisa na China são confiáveis? Nenhum dado que vem da China é confiável. O dado do PIB não é confiável, o dado de mortes de coronavírus não é confiável, e por aí vai”, disse.

“A China está fazendo a vacina a toque de caixa. A velocidade é inimiga da qualidade. Nós vimos o que aconteceu no teste da Oxford. A empresa privada responsável parou as pesquisas por conta de uma pessoa que apresentou sintomas mais graves, não necessariamente atrelados à vacina. Isso é perda de dinheiro, de tempo. A China obviamente não está muito interessada nesse tipo de coisa, se tiver problemas ela vai jogar para debaixo do tapete, o sujeito vai sumir”, completou. Constantino ainda cravou que “nem selo do Butantan, nem selo de Anvisa, eu me reservo ao direito de não aceitar por imposição alguma de estado, que me meta, no meu corpo, contra minha vontade, uma vacina chinesa”.

Para Thais Oyama, a falta de transparência do governo chinês é a causa para as desconfianças do público. “Tem uma corrida mundial pela vacina e a China é uma das principais interessadas em sair na frente dessa corrida, porque ela se livraria da gritaria pela responsabilização dos muitos erros que cometeu na pandemia, e também porque a China está empenhada em vender uma imagem melhor. O fato de ter muitos interesses em jogo pode gerar desconfiança, mas eu não cairia nessa teoria de que tudo que vem da China é ruim.”

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