‘Reforma administrativa será aprovada ainda em 2020’, diz líder do governo na Câmara
O deputado federal Ricardo Barros (PP) abordou a agenda de reformas do governo Bolsonaro em entrevista exclusiva ao 3 em 1 nesta sexta-feira, 4; segundo ele, votações virtuais facilitam aprovações de propostas
O deputado federal e líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP) disse nesta sexta-feira, 4, em entrevista ao 3 em 1, da Jovem Pan, que acredita que “a reforma administrativa será aprovada ainda em 2020. É de interesse geral tanto do presidente do como do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e Alcolumbre”. Segundo ele, a proposta de emenda à Constituição que foi encaminha ao Congresso nesta semana “foi estruturada para que não haja judicialização”. “A reforma administrativa foi estruturada pensando nisso e não afeta direitos adquiridos dos atuais servidores, apenas dos futuros servidores”, disse. Sobre o texto da reforma administrativa não incluir parlamentares, militares e o membros do Judiciário, Barros argumenta que “os parlamentares não são servidores públicos, são eleitos transitoriamente para servir ao público. Os juízes e promotores são, sim, servidores públicos, mas não foram incluídos porque se fôssemos mexer nisso, certamente [a reforma] ficaria paralisada”. Segundo ele, os militares também não estão incluídos na reforma administrativa “por questão de carreira específica e tem salários baixos se comparados com outros setores do setor público”.
Ao ser questionado pelo comentarista Josias de Souza se a projeção de aprovação da reforma administrativa ainda neste ano “não era otimista demais”, Barros avaliou que a votação remota durante a pandemia do novo coronavírus tem feito o parlamento atingir o quórum necessário para votações “constantemente”. “O deputado não leva mais de um minuto para votar. A realidade é que o voto virtual nos permite o otimismo para aprovações das emendas constitucionais”, disse. Ainda sobre a agenda de reformas do governo Bolsonaro, Barros também é otimista com a reforma tributária, cuja urgência foi retirada nesta sexta a pedido do governo para que não trancasse a pauta do Congresso, que pode ter o texto aprovado até o final de setembro. “O líder e relator Agnaldo Ribeiro está empenhado nisso e deve encontrar uma equação que deixe os impostos mais simples e mais justos”, disse.
STF e pautas de costume do governo
O deputado federal Ricardo Barros ainda avaliou as recentes declarações de membros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o governo Bolsonaro. Segundo ele, “o ativismo político do Judiciário precisa ser contido. É preciso se tratar da lei e respeitar a Constituição e não despachar ou dar sentenças pensando no que gostaria que fosse”. Ao falar sobre as chamadas “pautas de costume”, o deputado avaliou que os temas mais adiantados são “armas, trânsito e homeschooling”. “Vou procurar construir maioria para essas pautas. A formação dos estudos em casa pela família que é o homeschooling, armas que é uma questão bastante cara para o presidente e vamos procurar ouvir as demais lideranças partidárias e construir maioria e aprovar com as modificações necessárias feitas pelo Parlamento”.
Confira a entrevista completa com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP):
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