‘Tenho dúvidas se já não sofremos golpe’, diz Constantino sobre liberdade de Lula e oposição a voto auditável
Confusão gerada em Brasília após jornal afirmar que general Braga Netto ameaçou eleições foi tema de debate entre comentaristas do programa ‘3 em 1’
Uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 22, afirmando que o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, ameaçou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, dizendo que “se não tiver voto impresso, não haverá eleição”, provocou tumulto em Brasília gerando uma série de reações de instituições. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Roberto Barroso, foi um dos que demonstrou preocupação. Nas redes sociais, ele ressaltou que conversou com o ministro e com Lira, que eles teriam desmentido enfaticamente qualquer ameaça às eleições, e pontuou que “temos uma Constituição em vigor”. Em comunicado, o ministro negou qualquer ameaça às eleições e disse que a situação gera instabilidade entre os poderes da República. “As Forças Armadas atuam e sempre atuarão dentro dos limites da Constituição”, disse.
O comentarista do programa “3 em 1“, da Jovem Pan, Rodrigo Constantino, afirmou que não faz ideia de quem seria o “interlocutor político” com o qual a reportagem conversou para a publicação da matéria e lembrou que o sigilo da fonte é algo sagrado para a imprensa. “É por isso que no mundo de hoje em que mídia, inclusive veículos tradicionais, viraram militância, oposição ao governo, virou uma fábrica de fake news, de intrigas e de fofocas”, afirmou. Para ele, a mídia tem trabalhado para “passar pano” para Lula, há tentativas constantes de se instalar a ideia de uma ameaça de golpe e há dúvidas de que o Brasil não é uma “república de bananas”, já que o país tem um jornalista preso de forma autoritária, Lula foi solto e se tornou elegível após decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e os institutos de pesquisa o apontam como favorito para as eleições de 2022. “Não somos uma república das bananas? Há controvérsias, seu vice-presidente. Não vamos ter golpe? Eu tenho dúvidas de se já não sofremos um”, opinou.
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