‘Tenho dúvidas se já não sofremos golpe’, diz Constantino sobre liberdade de Lula e oposição a voto auditável

Confusão gerada em Brasília após jornal afirmar que general Braga Netto ameaçou eleições foi tema de debate entre comentaristas do programa ‘3 em 1’

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2021 17h58 - Atualizado em 22/07/2021 18h27
Claudia Martini/Enquadrar/Estadão Conteúdo - 12/06/2021 De camisa azul jeans e máscara branca Pff2, Lula ao microfone Constantino lembrou que STF libertou Lula e o tornou elegível

Uma reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 22, afirmando que o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, ameaçou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, dizendo que “se não tiver voto impresso, não haverá eleição”, provocou tumulto em Brasília gerando uma série de reações de instituições. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Roberto Barroso, foi um dos que demonstrou preocupação. Nas redes sociais, ele ressaltou que conversou com o ministro e com Lira, que eles teriam desmentido enfaticamente qualquer ameaça às eleições, e pontuou que “temos uma Constituição em vigor”. Em comunicado, o ministro negou qualquer ameaça às eleições e disse que a situação gera instabilidade entre os poderes da República. “As Forças Armadas atuam e sempre atuarão dentro dos limites da Constituição”, disse.

O comentarista do programa “3 em 1“, da Jovem Pan, Rodrigo Constantino, afirmou que não faz ideia de quem seria o “interlocutor político” com o qual a reportagem conversou para a publicação da matéria e lembrou que o sigilo da fonte é algo sagrado para a imprensa. “É por isso que no mundo de hoje em que mídia, inclusive veículos tradicionais, viraram militância, oposição ao governo, virou uma fábrica de fake news, de intrigas e de fofocas”, afirmou. Para ele, a mídia tem trabalhado para “passar pano” para Lula, há tentativas constantes de se instalar a ideia de uma ameaça de golpe e há dúvidas de que o Brasil não é uma “república de bananas”, já que o país tem um jornalista preso de forma autoritária, Lula foi solto e se tornou elegível após decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e os institutos de pesquisa o apontam como favorito para as eleições de 2022. “Não somos uma república das bananas? Há controvérsias, seu vice-presidente. Não vamos ter golpe? Eu tenho dúvidas de se já não sofremos um”, opinou.

Confira o programa “3 em 1” desta quinta-feira, 22, na íntegra:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.