‘Vão tentar criar constrangimentos em vez de procurar a verdade’, diz Constantino sobre depoimentos na CPI

Declaração foi feita durante a edição desta segunda-feira, 17, do programa 3 em 1, no qual os comentaristas debateram os depoimentos da semana na comissão da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2021 18h03 - Atualizado em 17/05/2021 19h26
FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 11/11/2020 Eduardo Pazuello Ex-ministro da Saúde irá depor nesta quarta-feira, 19, à CPI

Após o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, garantir, por meio de um habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), o direito de não dizer nada em seu depoimento à CPI da Covid-19, a Secretária de Gestão do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, fez a mesma solicitação. Integrantes da CPI estão articulando a convocação do braço direito de Pazuello, ex-secretário executivo Élcio Franco Filho. Os requerimentos estão na pauta de amanhã da CPI, mesmo dia em que está prevista a oitiva do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, que deixou o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Os parlamentares também deverão votar a quebra de sigilo do ex-chefe da secretaria de comunicação da Presidência da República, Fabio Wajngarten, que depôs na semana passada. Os membros do colegiado solicitarão acesso às mensagens trocadas pelo Whatsapp e de e-mails institucionais.

Durante sua participação no programa 3 em 1, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 17, o comentarista Rodrigo Constantino disse que os depoimentos na CPI não estão sendo usados para obter a verdade, mas sim para atacar o governo. “Hoje começa uma semana que tem dois depoimentos muito aguardados do ex-ministro Pazuello e do ex-ministro Ernesto Araújo, mas, de novo, vão tentar ficar criando esses constrangimentos, essa postura de cangaceiro que vem sido adotada até aqui, para condenar os ex-ministros em vez de procurar a verdade. Por isso que secretários e funcionários como a própria Mayra estão entrando com habeas corpus preventivos, medidas desse tipo, porque sabem que não estão indo ali como testemunhas, porque essa CPI circense não quer a verdade, quer atacar e condenar previamente o governo e o presidente Jair Bolsonaro. Eles estão indo muito mais em uma situação de acusados”, afirmou Constantino, que continuou: “Posso até não achar que é a melhor estratégia, mas eu entendo quem é sério e não está com muito interesse em ser difamado e atacado por vagabundos, e isso é problema recorrente nessa CPI”.

Em seguida, Constatino disse que o povo perdeu o interesse na CPI e que a única coisa que pode atrair a população de volta seria investigar a atuação de Estados e municípios na pandemia. “O que o povo tem algum interesse ainda, se achar que essa CPI tem alguma chance de ser salva desse picadeiro que ela nasceu já sendo, é voltar os olhos para a questão dos Estados e municípios e tem tido uma pressão muito grande, basta ver as redes sociais, para convocar o tal do Carlos Gabas. Quem é Carlos Gabas? Ex-ministro petista e responsável pelo tal Consórcio do Nordeste, que tem suspeita de desvio de centenas de milhões de reais e respiradores que não apareceram”, pontuou Constantino, que concluiu: “Se a CPI respeitar aquele escopo mais abrangente, que foram coletadas assinaturas maiores do que o intuito inicial do Randolfe Rodrigues, ai pode ser que a população comece a olhar um pouquinho para ver se vai ter algum tipo de coisa séria. Até lá, só presta mesmo para imprensa ficar falando e tentando atacar o presidente”.

Confira a íntegra da edição do programa 3 em 1 desta segunda-feira, 17:

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