Augusto Nunes: ‘Supercomputador avariado é igual a um velho computador aposentado’

Comentarista do programa Os Pingos Nos Is falou sobre delcaração do TSE de que sistema eleitoral está preparado e seguro para segundo turno; primeiro turno teve problemas na totalização dos votos

  • Por Jovem Pan
  • 27/11/2020 20h34 - Atualizado em 27/11/2020 20h35

Às vésperas do segundo turno das eleições municipais, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) garantiu que o sistema eleitoral está pronto para a realização da votação. Em nota divulgada nesta quinta-feira, 26, o órgão informou que foram realizados testes no computador do TSE e no sistema de totalização dos votos e na divulgação de resultados ao redor do país. No comunicado, a Secretaria de Tecnologia de Informação do tribunal diz ainda que “o sistema está devidamente preparado para a realização exitosa do segundo turno”. As ações foram realizadas nos dias 24 e 25 de novembro e tiveram a participação de cartórios eleitorais de 24 estados. O objetivo desses testes era validar o desempenho e eficácia dos sistemas de transmissão e recebimento dos arquivos das urnas eletrônicas, além da totalização e divulgação dos resultados. No primeiro turno, uma falha em um componente do sistema do TSE fez com que ocorresse um atraso na divulgação dos resultados das eleições, atrasando em mais de duas horas as primeiras parciais das votações. O comunicado da Corte foi tema do programa Os Pingos nos Is, da Jovem Pan, desta sexta-feira, 27.

“Eles [os ministros] têm de botar na cabeça que não entendem nada dessa história de computação. O ministro Luís Roberto Barroso fala em super computador, mas um supercomputador seriamente avariado é igualzinho a um velho computador aposentado. [A Justiça Eleitoral] Precisa primeiro ver essa história de compra sem licitação e depois entregar a tecnologia a quem entende do assunto”, disse Augusto Nunes. A opinião foi endossada pelo comentarista Guilherme Fiuza, para quem a sociedade brasileira deve “superar o tabu de que o sistema eleitoral é perfeito”. “Você não pode repousar como as autoridades do Judiciário brasileiro, que dizem que temos um sistema que é uma maravilha. Até porque, a autoridade judiciária que foi aos Estados Unidos [ministro Luís Roberto Barroso] acompanhar a eleição mais suja saiu de lá dizendo que foi tudo limpo. Aqui não está tudo bem. Não se trata de voltar ao manuscrito, mas o sistema precisa ser mais auditável. Ele precisa evoluir em relação à probabilidade de aferição do resultado”, avaliou.

Assista ao programa na íntegra:

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